“A Previdência brasileira é repleta de regras equivocadas, que produzem excessivo gasto e, sobretudo, injustiça. Para os mais pobres, menos instruídos e com menores remunerações, as regras são mais duras do que as que atingem trabalhadores mais qualificados e mais bem remunerados. Estes se aposentam em média oito a dez anos antes dos trabalhadores de renda baixa. Servidores públicos ganham em média oito vezes mais do que quem se aposenta pelo INSS, mas há casos que chegam a ser 40 vezes maiores.”
— Paulo Tafner em “Por que reformar a Previdência“
“Entre 2001 e 2015, o governo brasileiro transferiu 3,15 vezes mais para os aposentados do que gastou com a educação de nossos jovens. Será que realmente precisamos de uma reforma da Previdência?”
— José Márcio Camargo em “Previdência Social: uma fábrica de privilégios“
“Enquanto o mundo discute inteligência artificial, Big Data, indústria 4.0, robótica de alta precisão, etc., e procura avaliar qual a melhor forma de o ambiente institucional estimular o progresso, nós, aqui, ficamos lutando para ver que grupo pode aposentar-se com 55 anos, recebendo seus benefícios de um Estado exaurido. É de doer.”
— Fabio Giambiagi em “Uma sensação amarga“
“Chamando ou não de privilégio, o fato é que as regras para aposentadoria dos servidores são generosas e injustas, não apenas pelo tratamento desigual entre empregados do setor privado e servidores públicos, mas também pela desigualdade dentro do próprio RPPS, com diferentes regras dependendo do ano de ingresso do indivíduo no setor público.”
— Zeina Latif em “Distorções para todo lado“
“A reforma da previdência é essencial, pois o déficit em 2017 foi de R$ 268,8 bilhões. A previdência privada (rural e urbana) tem quase 30 milhões de aposentados e déficit de R$ 182,4 bilhões. O setor público (civil e militar) tem déficit de R$ 86,4 bilhões para apenas um milhão de aposentados.”
— Gil Castello Branco em “O Estado brasileiro é paquidérmico, corporativo, ineficiente e caro“
“Se não repactuarmos nosso sistema previdenciário, reduzindo a expectativa de recebimento de benefício —seja o valor ou a idade de concessão—, não escaparemos do perverso equilíbrio que temos vivido nas últimas décadas, de baixo crescimento, carga tributária crescente e juros elevados.”
— Samuel Pessôa em “Modelo previdenciário fundado“
“A junção dos dois sistemas previdenciários – dos trabalhadores privados e do funcionalismo estatal – tornou-se um desastre em pleno fim da segunda década do século 21, tanto por seus defeitos quanto pelo fato de ter mudado a pirâmide etária, pelas pessoas estarem vivendo muito mais e porque ambas as previdências são compulsoriamente geridas pelo setor estatal.”
— José Pio Martins em “A reforma da Previdência e o profeta Isaías“
“O fetiche do salário mínimo tem cegado os políticos e o país para uma discussão madura sobre o BPC – e sobre a Previdência em geral. Não é difícil corrigir a distorção do BPC, nem melhorar a proposta do governo. Basta saber fazer contas, em vez de repetir slogans mofados que só servem àqueles que têm interesse em manter o statu quo.”
— Helio Gurovitz em “A pobreza do debate sobre o BPC“
“Caso os estados não estejam contemplados na reforma, o rombo dos regimes de aposentadoria e pensão dos servidores estaduais, calculado pelo Instituto Fiscal Independente atualmente em R$ 100 bi por ano, deverá ser de R$ 400 bi até 2060.”
— Marcel van Hattem em “Todos os brasileiros devem estar contemplados na reforma“
“Se você quer a verdade, a realidade está posta: a reforma da Previdência, antes de uma agenda de governo, é um projeto de nação. O regime atual ficou insustentável. Sim, passamos a viver mais e melhor, sendo nosso dever pagar o preço de tais ganhos existenciais.”
— Sebastião Ventura em “Reforma da Previdência: um projeto de nação“