Assim como no resto do país, o ambiente acadêmico também assiste à ascensão do pensamento liberal. Na PUC do Rio de Janeiro, jovens estudantes têm disseminado ideais de liberdade através do Clube Liberal Isabel Paterson (CLIP), fundado este ano. Em outubro, a iniciativa foi consagrada com o Prêmio Grupo Revelação do Students for Liberty Brasil durante a LibertyCon 2018. O nome é uma homenagem à filósofa, jornalista e escritora canadense-americana, considerada uma das três “mães fundadoras” do libertarianismo moderno dos EUA. Assista à entrevista abaixo!
A criação do clube conciliou a vontade de falar sobre o liberalismo com o desejo de combater discriminações ao pensamento liberal. “Eu e o Victor presenciamos um caso absurdo de intolerância na faculdade, onde um menino foi agredido simplesmente por expressar sua opinião em um jornal. Unimos isso à iniciativa da Cecília Lopes, presidente do CLIP, de criar um clube liberal na PUC para espalhar ideias de liberdade. Deste então, temos recebido muitos alunos que buscam um espaço para poder se expressar e produzir conhecimento através da própria diversidade do movimento liberal”, relembra Felipe Terra, diretor de comunicação.
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Victor Marsico, vice-presidente do Clube, conta que apesar de haver alguma resistência, os estudantes se surpreenderam com o apoio de muitos professores e colegas: “Já contamos com mais de 35 membros. Muitos alunos liberais não se pronunciavam até a nossa presença, então foi uma surpresa agradável. Conseguimos fazer essas pessoas saírem como defensores abertos do liberalismo político, filosófico e econômico”.
Para a presidente do CLIP, que não esperava o resultado da premiação, a homenagem legitima todo o trabalho realizado ao longo do último ano. Ela explica qual é o seu entendimento de liberalismo: “É um conjunto de doutrinas econômicas, filosóficas e sociológicas, que defende a liberdade e o individualismo. É um principio que norteia as pessoas que defendem um sistema de mercado, com liberdades individuais, em que cada indivíduo é dono de seu próprio destino. A gente não acredita que seja dever do Estado tomar conta da vida social ou econômica. Defendemos um Estado em um tamanho mínimo, que garanta a lei, os direitos individuais e dê boas instituições para os mercados funcionarem”.