Cuba é uma ditadura. É fato. Partido único, mesmo governo há décadas, perseguição e morte de opositores, censura à imprensa e um rosário de delitos contra os direitos fundamentais do ser humano. Isso tudo em nome do povo e de uma sociedade sem classes.
A humanidade levou séculos para constituir direitos que somente aqueles que possuem interesses inconfessos não reconhecem como universais. O sentimento mais solidário é aquele que professa que o que quero pra mim desejo para os outros.
Diante disso é inevitável que cotidianamente os homens de bem levantem suas vozes para, em solidariedade com os perseguidos, denunciar e protestar contra a opressão, onde houver.
A mim espanta a distinção que algumas pessoas fazem entre as ditaduras, considerando as de esquerda, ou socialistas, toleráveis porque estão em guerra contra a sanha imperialista e almejam um novo homem. Morte e perseguições seriam apenas percalços do caminho para a felicidade.
Cumplicidade com os crimes é o que resulta tal prática, pois a morte, a tortura e a perseguição se dão sempre contra um indivíduo e contra sua vida. E isso se não pode ser tolerado aqui, não pode em Cuba, no Irã, na Venezuela e em lugar nenhum.
Na ilha dos irmãos Castro, não há mesmo liberdade e aqui é bom ficar de olho. Tem muita gente querendo aparelhar algo que levamos tanto para conquistar.
Essa semana, será realizado, em São Paulo, o internacional Fórum sobre Democracia e Liberdade de Expressão promovido pelo Instituto Millenium. Vou tentar ir e conto tudo depois. É assim que devemos lutar pelos direitos dos indivíduos, não calando e produzindo conhecimento.
(“O Dia”, 28/02/2010)
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