A corrupção é parte da natureza humana e sempre existiu em todos os tempos e culturas. O que varia são as consequências – para o corrupto e para a sociedade em que ele vive. Hoje sabemos que a corrupção faz mal ao desenvolvimento.
O Fórum Econômico Mundial acaba de publicar o Índice Global de Produtividade, que inclui vários fatores relativos ao desenvolvimento, dentre eles um que trata de ética e corrupção. O economista Guilherme Hirata, do IDados, analisou, em um post, a relação desse índice com quatro indicadores: PIB per Capita, Desigualdade de Renda, Competitividade e Notas no Pisa.
Suas conclusões são dramáticas para o Brasil: as correlações entre esses indicadores são muito fortes, e em todas elas, o Brasil fica muito mal na foto. O que não sabemos é se somos mal em educação por excesso de corrupção ou se o excesso de corrupção prejudica a educação. O que sabemos é que educação de má qualidade está associada a baixos índices de desempenho nas avaliações nacionais e internacionais, e também aos demais fatores que promovem o desenvolvimento.
Para o Brasil se desenvolver, precisamos reduzir a corrupção e melhorar a educação – não importa por onde comecemos.
Fonte: “Veja”, 11/07/2017.
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