Com seus projetos inovadores de conservação ambiental, a Biofílica promove, hoje, a preservação de 1,2 milhão de hectares de floresta amazônica.
Ao fundar a empresa em 2007, o paulistano Plínio Ribeiro, 35 anos, tinha um objetivo em mente: transformar a preservação das florestas tropicais em uma atividade lucrativa para os donos das terras. “Historicamente, os recursos para conservação de florestas vêm do poder público ou de doações internacionais. Era preciso mudar esse modelo e fazer com que o reflorestamento fosse um negócio que beneficiasse a todos”, diz Ribeiro.
Para conseguir isso, desenvolveu um modelo único de financiamento. Funciona assim: a Biofílica faz parcerias com os proprietários das terras, com quem elabora projetos de manejo florestal e de conservação para inibir o desmatamento.
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Essas ações de conservação originam créditos de carbono que, por sua vez, são comercializados com grandes empresas, para compensação ou neutralização de suas próprias emissões. “Após a venda dos créditos, o dinheiro é reinvestido nas atividades de conservação da floresta. É um círculo virtuoso”, diz Ribeiro.
A proposta rendeu à empresa o prêmio de Melhor Desenvolvedora de Projetos Florestais na prestigiada publicação inglesa Environmental Finance, em 2015. Em 2017, a Biofílica comercializou mais de 900 mil toneladas de crédito de carbono para empresas como TIM, Santander, Lojas Renner, Baterias Moura, Suzano Papel e Celulose e Even.
No ano passado, o faturamento foi de R$ 7 milhões — para 2018, a meta é dobrar esse valor. Além de ser diretor-executivo da Biofílica, Ribeiro é membro do comitê de sustentabilidade da Sociedade Rural Brasileira.
Em 2013, foi um dos produtores do documentário Retorno à Amazônia, de Jean Michel Cousteau.
Fonte: “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”