O Tribunal Superior Eleitoral definiu para esta segunda-feira o prazo final para a escolha de vice-presidentes para as eleições de outubro. Na raspa do tacho, o PT foi o último a indicar o nome que compõe chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Para a surpresa de ninguém, o escolhido foi Fernando Haddad (PT), ex-prefeito de São Paulo e apontado como plano B do partido caso Lula não possa concorrer.
Cai por terra a promessa do ex-prefeito feita em entrevista a EXAME há pouco mais de uma semana. “Meu papel está se encerrando com a entrega do documento à Executiva Nacional do partido”, disse Haddad. “Na semana que vem, começo a dar aulas. Não vou disputar eleição.” O partido tem até o meio de setembro para fazer a troca de Lula por Haddad, caso o ex-presidente seja, de fato, barrado pela Lei da Ficha Limpa por conta de sua condenação em segunda instância no caso do tríplex do Guarujá. A vice de Haddad, neste caso, seria Manuela D’Ávila, do PCdoB.
Leia também:
Armando Castelar: Da funcionalidade das democracias
Helio Gurovitz: A eleição mais difícil de prever
José Eli da Veiga: A ordem do progresso
Foram desenhadas também as demais chapas. O PSB, que segurou até o último momento sua decisão, não apoiará ninguém. Trata-se de um plano para isolar Ciro Gomes (PDT), articulado na semana passada por Lula. O ex-governador do Ceará buscava a coligação para ter mais recursos e tempo de TV, mas vai às urnas com chapa pura, ao lado da senadora Kátia Abreu (PDT-TO).
Ainda nas chapas puras, Henrique Meirelles terá como vice Germano Rigotto pelo MDB. O vice de Marina Silva (Rede) será Eduardo Jorge (PV). O de Jair Bolsonaro (PSL), será o general Hamilton Mourão (PRTB). O senador Álvaro Dias (Podemos) compõe chapa com o desistente Paulo Rabello de Castro (PSC). Geraldo Alckmin (PSDB) terá como vice a senadora Ana Amélia (PP).
Fonte: “Exame”