Num artigo de opinião no jornal Financial Times, Kenneth Rogoff, professor de economia na Universidade de Harvard, aponta que “o maior déficit atual não é no crédito mas na credibilidade”, na linha do que escrevo desde princípios do ano passado. Gostaria de partilhar o processo originário das grandes invenções, dos gênios, como Santos Dumont, e de que modo suas percepções podem ser utilizadas por qualquer um.
A história até Alberto Santos Dumont passa por visionários (como Leonardo da Vinci), inventores que puseram balões no ar (como o padre Bartolomeu de Gusmão) e outros homens audaciosos que conseguiram planar em aeroplanos (como os irmãos americanos Wright). Ao referir sobre seus antecessores da aviação: “Após heróica pertinácia em estudos de laboratório, eles se arrojavam a experimentar máquinas frágeis, primitivas, perigosas. Foram centenas as vítimas que lutaram com mil dificuldades, sempre recebidos como malucos, que não conseguiram ver o triunfo dos seus sonhos, mas que colaboraram com o sacrifício de sua vida”.
Alberto Santos Dumont nasceu no dia 20 de julho de 1883 em Belo Horizonte, Minas Gerais. Sua infância foi vivida na fazenda onde tinha o hábito de brincar nas instalações mecânicas de seu pai. Dumont sempre teve fascínio pela tecnologia e pelas coisas mecânicas. A obra de ficção de Júlio Verner exerceu forte influência em Dumont. Empregou-se como piloto de balões e não tardou a mandar construir um para si, o “Brasil”, com um projeto que obteve a incredulidade de todos.
Era o menor balão já construído. Daí em diante, projetou ou construiu ele próprio uma série de mais de vinte veículos entre os balões, os dirigíveis, os aviões, o hangar, o ultraleve, o simulador de voo, um helicóptero e uma lancha. Entre suas invenções, estão também a regulagem de temperatura em chuveiro, o uso de rodas em portas, entre outros. Ao contrário de outros aeronautas da época, deixava suas pesquisas como domínio público e sem registrar patentes. Entregava seus projetos a todos, pois acreditava que eram propriedade da humanidade, pois utilizou o conhecimento e as ferramentas trabalhados por esta.
Ele foi o primeiro a decolar a bordo de um avião impulsionado por um motor aeronáutico. Santos Dumont foi o primeiro a cumprir um circuito pré-estabelecido sob testemunho de especialistas e da população parisiense. O Pai da Aviação fez fortes apelos à Liga das Nações para que não fosse permitido o uso de aviões em guerra. A depressão levou Santos Dumont ao suicídio. Sua doença era agravada ao trazer para si a responsabilidade da invenção do avião, uma arma extremamente mortal. Insistia que usassem aviões somente como defesa – patrulhamentos de fronteiras e reconhecimentos.
Os avultados e muitos prêmios que ganhou repassou a colegas inventores, dividiu entre sua equipe ou distribuiu entre os pobres. Protestava junto ao governo brasileiro para que desse mais atenção à aviação. A história de Santos Dumont une o material ao transcendente. Nos convida a ser seres humanos completos. Independentemente do passado, o criador quer que sejamos felizes, fazermos a diferença! Buscarmos o que queremos, respeitando o livre arbítrio, a despeito certas interpretações sobre o sofrimento, a renúncia, a prova e a resignação, a imputar medos, deveres e culpas que não existem, muitas vezes ligados a desejos pessoais alheios e apegos ao que não é adequado para cada um, é algo que devemos fazer, pois o objectivo maior é tornarmo-nos plenos, em todas as dimensões da vida, fazendo o nosso trabalho. Não existe obrigação ou dever que nos impeça de sermos leais a nós próprios, não fingir. Quando fazemos o que é certo, existem infinitas possibilidades para os obstáculos serem ultrapassados e as situações serão resolvidas da melhor forma, tanto para nós como para os outros.
Deixarmos de fazer por medo de estarmos errados ou magoar alguém pode bloquear a nossa luz. Pais dominadores ou autoritários, por exemplo, os quais são assim por seus próprios conflitos, geram problemas de despersonalização no filho. O medo imposto pelo pai resultará no filho uma espécie de morte psicológica, pois para que o pai seja obedecido, a filha, por medo, obedece, crucificando a liberdade do seu ser, a crescer plenamente. As pessoas que nos amam incondicionalmente, por mais receosas ou a precisarem de nós, quando percebem que o que queremos é profundo, nos liberam.
Se forçamos, mesmo sutilmente ou através de orações, fazer ou permanecer em algo, é um prenúncio de que a pessoa precisa de outro caminho, então apenas retarda, confunde e atrapalha. E se não perceberem, se calhar, teremos que dar o passo em frente, pois a visão é de cada um. Os pioneiros sabem que sempre terão incompreensões. Percebiam que se ficássemos bitolados não perceberíamos a verdade no sentido de dar liberdade genuína ao outro. Foram persistentes, escutaram a voz maior dentro de si e trouxeram o conhecimento para si e o mundo. Assim também é com cada um de nós.
Gostaria de comentar ainda a morte de Amy Winehouse, uma cantora com talento, mas com certos hábitos que a fizeram sair dos trilhos, foi buscar aparências de felicidade e prazer. Dependemos uns dos outros, daí a importância de fazermos o nosso melhor, sendo autênticos, e não ter mentalidade de rebanho, parcial, a qual está presente nos mais diversos ambientes, representados por velhos hábitos e preconceitos. O nosso corpo é algo sublime e toda interação através dele é potencializada se soubermos dar o devido valor. Certos costumes de hoje pertencem a estados de selvageria existentes. Quando se obtem um ponto de vista mais elevado, se estabelecerá uma sociedade de fraternidade e harmonia. É bem verdade que querem mais agora, mas aquilo que serve ao prazer animal. Quando evoluir no plano mental e, mais do que a ostentação pela retórica e busca de controlo sobre o próximo, e fazer tudo o que serve a mente e a alma, a sociedade passará de nível. Este raciocínio serve aos antros de vícios, ilegais ou não, círculos viciosos penosos para sair. A sociedade possui uma extensa variedade de conforto. Isto já é uma grande evolução. Mas o objetivo é que todos possuam qualidade de vida, o que pressupõe a união com a alma através da partilha dos valores universais.
Este é um desejo inerente às pessoas como sociedade, e por isso as constantes transformações sociais e econômicas. Os grandes educadores, estadistas e inventores trabalharam pela liberdade, ensinando a penetrar na região de todas as virtudes, porque sabiam que ninguém pode saber o que é melhor para cada um e que os valores essenciais de conduta são universais, não há divisão qualquer, são ligados a unidade. “Meu Pai e eu somos Um”. Não ser preso e manipulado, e sim ser livre, ouvir a voz interior e tornar-se igual a ele, fazendo jus ao que somos, deuses em potencial. Os movimentos atuais indicam que a terra está em processo acelerado de transmutação e ficar cada vez mais pronta, através de ações voltadas para a liberdade real.
caros Senhores,
atentem para o erro GEOGRÁFICO da localização do nascimento do Heroi da aviação que nasceu na fazenda de Cabagu na Zona da Mata Mineira.
Obrigado