Percebendo a necessidade de prever os cenários do mercado nas mais diversas áreas, o setor de inovação do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV-Ibre) criou o Easy Forecasting, um software que ajuda empresas de todos os portes a anteciparem tendências, projetando vendas, preços, custos, lucro, produtividade, além de outros dados. O pesquisador sênior do FGV-Ibre, Pedro Guilherme Costa Ferreira, falou ao Instituto Millenium um pouco mais sobre a iniciativa.
O usuário deve inserir os dados de seu produto ou serviço na plataforma, para gerar os resultados. O próprio software indica qual modelo faz melhor a previsão das variáveis inseridas, mas também deixa disponível as demais análises – mais úteis aos profissionais que têm conhecimento avançado. No entanto, não é necessário ter experiência técnica em inteligência artificial ou estatística para utilizar o programa.
Ferreira destacou que a proposta surgiu a partir da necessidade das empresas terem previsibilidade para alavancar os negócios, com melhores condições para projetar o futuro. “Percebemos essa questão e resolvemos desenvolver a ferramenta, que para o usuário é bem simples: ele precisa fazer o upload da série dele, e, com poucos cliques, terá à disposição diversos modelos, com estatística clássica, modelos econométricos e de machine learning. A própria ferramenta escolhe qual modelo erra menos para o tipo de negócio e dá, instantaneamente, a previsão do espaço à frente”, disse, destacando a importância de ter estas informações para a tomada de decisões na era do big data.
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O pesquisador ainda abordou as aplicações do programa, que conta com um espectro bem amplo de funcionalidades para o empreendedor. “Uma das possibilidades é a variável explicativa. Por exemplo: eu quero prever sobre uma venda de sorvete. Se eu colocar os fatores que influenciam, como por exemplo o preço ou a temperatura, o modelo vai ser melhor ajustado, dependendo dessas possibilidades. Isso ajuda na previsão. Por outro lado, o usuário deve tomar alguns cuidados. É importante que o histórico converse com o futuro. Se a empresa mudou muito a forma de fazer negócio, a ferramenta vai gerar um modelo ruim para frente”, lembrou.
Mais informações podem ser consultadas no site https://portalibre.fgv.br.