Projeto The Venture oferece até 1 milhão de dólares para empresas que investem na comunidade onde vivem
Com a proposta de diminuir os problemas do planeta por meio de ideias criativas e rentáveis, os negócios sociais vêm ganhando força nos últimos anos. As empresas de impacto social positivo são aquelas que desempenham um papel de catalisador na construção de uma sociedade mais justa e igual. Segundo a consultoria Monitor Institute, de 2012 até o início da próxima década, serão investidos mais de 500 bilhões de dólares em negócios sociais de todas as partes do mundo.
Sem deixar de lado as boas práticas de gestão, vendas e marketing dos negócios já consagrados, essas empresas se propõem a fazer o bem enquanto ganham dinheiro. Para isso, é preciso deixar o tradicionalismo de lado, repensar processos e partir para a inovação.
Um sapato vendido, um sapato doado
É o caso da TOMS, marca de sapatos americana que tem um modelo de negócio diferente do tradicional. A cada par de sapatos vendidos, a empresa doa um segundo par para pessoas carentes. Mais de 45 milhões de sapatos foram destinados para calçar os pés de crianças em necessidade.
Além dos calçados, a marca vende bolsas, óculos e misturas especiais de café. Cada produto comercializado tem uma responsabilidade social distinta. A venda das bolsas, por exemplo, dá suporte a uma rede de atendimento a mulheres grávidas em situação de risco.
Inclusão social faz parte da alma do negócio
No Brasil, o empreendedorismo social também vem surpreendendo e ajudando muita gente por aí. A empresa do engenheiro Flávio Almeida, por exemplo, beneficia os deficientes auditivos. A população surda representa mais de 5% dos brasileiros, mas ainda é privada de total acessibilidade.
Pensando nisso, Almeida criou o ProDeaf, um software que traduz português para a Libras, a língua brasileira de sinais. “Meu objetivo é que os surdos tenham uma vida normal como qualquer outra pessoa”, afirma ele. O ProDeaf ainda conta com uma versão para celular que usa a câmera para registrar os sinais em Libras e os converter em áudio. “É gratificante saber que o meu negócio causa um impacto positivo na sociedade”, diz Almeida.
Ideias inovadoras podem concorrer a US$ 1 milhão
Sintonizada com a importância das empresas sociais, a marca de uísque Chivas Regal criou o The Venture, projeto que tem o objetivo de descobrir e recompensar aqueles que acreditam no poder que os negócios têm para um mundo melhor.
Em sua primeira edição, o The Venture recebeu mais de mil inscrições de diversos países. O prêmio de US$ 1 milhão foi dividido entre cinco negócios sociais vencedores, entre eles a Algramo, do chileno Jose Manuel Moller, que fornece alimentos mais baratos para comunidades da periferia.
As inscrições para a fase nacional da segunda edição do The Venture já estão abertas e podem ser feitas pelo site do projeto até o dia 25 de outubro.
Além de concorrer ao prêmio de US$ 1 milhão na etapa global, o empreendedor brasileiro selecionado ganhará uma vaga para a prova do Singularity University, curso intensivo da Nasa que apresenta aos empreendedores as tecnologias que vão transformar as empresas nos próximos anos, e ainda receberá treinamentos no Vale do Silício.
Para mais informações, acesse theventure.com.
Fonte: Pequenas empresas e grandes negócios
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