A expressão empregabilidade nos é mais familiar. Presente nas últimas décadas no glossário organizacional e educacional trata da qualificação dos profissionais como passaporte para o mundo competitivo do trabalho. A busca por novas competências projetou o mercado da educação num dos mais promissores do país, embora ainda presenciemos uma defasagem entre oferta e pretendentes habilitados.
Mas esta realidade se transforma quando tratamos dos talentos, ou trabalhadores do conhecimento. São as empresas que necessitam qualificar-se para atrair e fidelizar estes profissionais, dos quais dependem para a realização dos seus objetivos de crescimento. A atratividade assume a condição de fator integrante da estratégia empresarial. Mas o que vem a ser mesmo atratividade empresarial?
Sua definição literal significa seduzir, fascinar, ser atraente, aplicando-se tanto nas relações pessoais, entre organizações e mesmo nações. No caso em questão, atratividade se relaciona com a capacidade das empresas de se revelarem como objeto de desejo e permanência dos melhores cérebros, os talentos humanos, produto de alto valor no mercado.
Em verdade as empresas estão um pouco atrasadas nessa jornada. Enquanto as pessoas ocupavam-se de ampliar suas competências e, portanto, sua empregabilidade, as organizações descuidaram de suas habilidades singulares de atração, preferindo optar por fórmulas convencionais, reproduzindo “melhores práticas” adotadas pelas demais empresas.
Como se sabe, estratégia representa um caminho original e específico, uma combinação de ações particulares identificadas com os interesses, cultura e a capacidades próprias de cada empresa. Ao seguirem os mesmos caminhos para atrair e reter talentos, as organizações não se diferenciaram, nem evidenciaram nenhuma estratégia. Esse nivelamento de percepção entre as empresas ampliou o poder de barganha dos talentos, acentuando o movimento de mercantilização das relações.
A melhor estratégia passa pelo resgate do DNA da empresa para inovar nas formas de se relacionar com os talentos que necessita para seu crescimento. É preciso mais ousadia na gestão de pessoas para abdicar de fórmulas desgastadas e criar novos elementos, novos elos sociais com as pessoas. O dinheiro será sempre importante, mas é um risco depender somente deste fator monetário para construir relações duradouras. Como se sabe o amor apenas por interesse, não dura muito.
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