Em abril do ano passado, foi aprovada pela Presidência da República a Lei 13.267, conhecida como “lei da empresa júnior”. O texto determina as regras para o funcionamento deste tipo de empresa e as condições da prestação de serviços entre empresas juniores e seus clientes. À época, a normatização foi considerada uma das grandes conquistas do setor.
Um ano após sua sanção, a Brasil Júnior, associação das empresas juniores brasileiras, conta como o setor respondeu à mudança. Segundo Andrei Golfeto, presidente da entidade, 2016 foi o “ano da virada” para os empreendedores juniores do Brasil.
Em razão da regulamentação, o número de projetos desenvolvidos pelas empresas ligadas à associação aumentou em 80%. Somente em 2016, as 444 empresas juniores associadas desenvolveram 4.900 projetos, totalizando um faturamento de R$ 11 milhões. De acordo com a lei, todo o faturamento deve ser reinvestido na própria empresa. “Quanto mais projetos, maior o investimento na cultura empreendedora dentro das universidades”, diz.
O presidente da Brasil Júnior diz isso porque a categoria é sumariamente organizada por estudantes universitários. Esses alunos se tornam responsáveis pela criação de empresas juniores dentro das instituições de ensino. Atualmente, 111 universidades brasileiras já contam com algum tipo de empresa júnior em seu portfólio.
A ação tem o propósito de fazer com que os estudantes aprendam sobre a gestão de empresas e ajudar pequenos negócios a crescer. Os empreendedores, inclusive, têm aproveitado muito o crescimento das juniores. Segundo Golfeto, 98% dos clientes atendidos são pequenos e médios empresários.
“A empresa júnior presta serviço como uma empresa normal de mercado. É um serviço real, que inclui toda a pressão da entrega”, diz. A diferença, entretanto, é o valor cobrado pelo serviço. O presidente da Brasil Júnior conta que, em média, uma empresa júnior cobra 25% do valor de mercado. Com base nos dados de projetos e faturamento, o ticket-médio das empresas juniores associadas é de R$ 2.200. “Uma ótima oportunidade para o empreendedor realizar serviços que costumam sair caro no mercado.”
A meta agora é fechar 2017 com 565 empresas associadas, 10 mil projetos finalizados e um faturamento de R$ 18 milhões. “O nosso objetivo é posicionar a empresa júnior como uma escola de empreendedorismo. Com a lei, essa responsabilidade aumentou.”
Fonte: “Pequenas empresas e grandes negócios”.
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