A Bossa Nova Investimentos acaba de anunciar uma iniciativa ousada. A empresa de venture capital lança nesta semana, no dia 1 de agosto, um novo fundo de investimentos. A novidade é que o fundo da companhia está atrelado a uma criptomoeda chamada BR11, como forma de atrair investimentos estrangeiros para as startups brasileiras. 11 empresas foram selecionadas para a rodada de investimentos.
São elas Conta Um, Trakto, Moobi, Super Agendador, Smarhint, Veek, No Alvo, Inti, Brasil by Bus, Melhor Envio e Vai Car. Segundo Pierre Schurmann, sócio-fundador da Bossa Nova Investimentos, as empresas selecionadas são startups em rápido crescimento, que faturam de R$ 5 milhões a R$ 30 milhões. “São empresas inovadoras onde atuam e com alta probabilidade de compra por parte de outras companhias”, diz.
O investimento, entretanto, não estará disponível para brasileiros e chineses, pois são mercados em que operações desse tipo são proibidas, garante Schurmann.
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A primeira fase de captação terá duração de um mês. A expectativa é que ao menos três mil investidores entrem na rodada. O objetivo é alcançar entre US$ 11 milhões e US$ 20 milhões com a captação. Em novembro, a empresa espera realizar a primeira interação entre os investidores e as startups.
Segundo a companhia, a BR11 está registrada na Securities and Exchange Commission (SEC), órgão regulador dos Estados Unidos. O mercado norte-americano que, inclusive, tem demonstrado interesse na iniciativa por meio dos fundos de family office, diz Schurmann. Além dos Estados Unidos, o sócio da Bossa Nova Investimentos vê potencial no mercado asiático.
Cerca de dois terços dos investidores interessados vem do continente asiático. “As criptomoedas são muito fortes na Ásia. Vemos interesses de diferentes fundos na região”, diz. O investimento mínimo é de US$ 5 mil para acessar o fundo. “Estamos ‘tolkienizando’ um fundo de venture capital. É uma forma alternativa de ampliar o leque de investidores.”
Fonte: “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”