Dos seis países que se candidataram a ingressar na Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil é o mais próximo de atingir seu objetivo, disse nesta quarta-feira o secretário-geral do organismo, Angel Gurría. O país apresentou o seu pedido para a ingressar como membro da organização em maio do ano passado, mas até agora não recebeu sinal verde.
A OCDE que atua como uma organização para cooperação e discussão de políticas públicas e econômicas que devem guiar os países que dela fazem parte. Além do Brasil, também estão em análise os pedidos de adesão de Argentina, Bulgária, Croácia, Romênia e Peru.
— O Brasil, dos seis, é o país melhor posicionado para avançar mais rápido nessas análises — disse Gurriá, em entrevista após seminário da Confederação Nacional da Indústria (CNI) sobre a adesão do Brasil ao organismo.
A vantagem do Brasil se deve ao fato de o país já participar de alguns comitês da OCDE há mais de duas décadas. O primeiro grupo ao qual o Brasil se associou foi o do aço, em 1996. Hoje, já participa de 25 comitês. Além disso, já aderiu a 35 instrumentos e solicitou adesão a outros 70.
Angel Gurriá lembrou, no entanto, que os processos de análise para ingresso na OCDE demoram, em média, de três a quatro anos e depende da possibilidade de cada país fazer as mudanças necessárias para alinhar suas políticas às da instituição. Ele veio a Brasília para ter conversas com integrantes da equipe econômica e com o presidente Michel Temer sobre o ingresso do Brasil na organização.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que o ingresso do Brasil na instituição é um passo “decisivo” para modernizar a economia nacional e negou que esse processo esteja atrasado.
— O processo está indo muito bem, de forma esperada. É um processo normal, que demanda certo tempo e está dentro da nossa expectativa — disse Meirelles.
Fonte: “O Globo”