É sabido que, durante os primeiros séculos de vida, o nosso país tinha características coloniais, impostas pelo domínio de Portugal. A partir de 1808, com a vinda de D. João VI e sua corte, vivemos o princípio da evolução cultural, com obras como a Biblioteca Nacional, o Observatório Nacional, a Academia de Guardas-Marinha e tantas outras instituições que foram fundamentais para o deslanche do nosso desenvolvimento.
Nada disso poderia ter acontecido sem a primazia do conceito de alta gestão. Como hoje se cobra inclusive dos jovens administradores brasileiros, que vivem não mais a realidade de um país autoritário e totalmente injusto. O que temos é uma democracia de massa, com forte presença (inusitada) da classe média. Já são mais de 30 milhões de brasileiros que subiram de categoria, para a emergente sociedade de consumo.
Com inovações semânticas, como as palavras globalização, sustentabilidade, profissionalização, novas mídias e, sem ser redundante, a prioritária educação ambiental.
É impossível alcançar resultados apreciáveis, no progresso brasileiro, se não tivermos, costurando tudo, uma educação de qualidade. Concordamos com a tese de que o problema não se resume a aumentar a aplicação do PIB em educação (para 10%, como querem muitos).
Ou pagar melhor aos professores. Seria uma simplificação. Pagar melhor sempre trará resultados, sobretudo se a medida for acompanhada de outras providências essenciais, como formar adequadamente os mestres, oferecendo-lhes concomitantemente um treinamento moderno e marcado pela inovação.
É tudo o que não fazem os nossos cursos de formação de professores, envelhecidos por práticas ultrapassadas e desligadas da realidade mutante. A alta gestão começa numa escola renovada.
Vivemos um tempo de transição, quando é necessário considerar a existência de novos valores e a presença de crianças que são nativas digitais. As escolas, até aqui, foram praticamente as únicas provedoras de conteúdo.
Isso hoje foi superado pela existência de uma sofisticada parafernália tecnológica, que veio para ficar.
Além de passar valores aos nossos alunos, os estabelecimentos de ensino devem se orientar no sentido de colaborar para a solução de problemas do cotidiano. É uma visão comportamental que se ajusta à educação moderna.
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