A pesquisa feita Fundação Getúlio Vargas (FGV) e coordenada pelo professor e especialista do Imil Marcelo Neri concluiu que 51,2% da população têm acesso à internet, computador em casa, telefone fixo ou celular, mas não necessariamente todos juntos. O porcentual está acima da média global do grupo de países avaliados, que é de 49,1%. “O Brasil está no meio do mundo. É um bom espelho do planeta e está na média da America Latina. Pode-se dizer que o copo está meio cheio ou meio vazio, porque está exatamente no meio”, explica Neri.
O ranking da universidade avalia a inclusão digital de 150 países. A pesquisa incluiu os 5.550 municípios brasileiros, estados, capitais, distritos e bairros e foi feita em parceria com a Fundação Telefônica.
O país com maior índice de acesso às tecnologias de informação e comunicação (ITICs) é a Suécia, com 95,7%. O Brasil, com 51,2%, está atrás de países como Kuwait (86,5%), Emirados Árabes (85,75%), Venezuela (63,2%), Chile (56,5%), Argentina (55,2%), Uruguai (55,2%), China (53%) e Colômbia (52%). Se excluído o acesso ao celular no ITIC, há alterações nos países em pior colocação.
Na análise pelas regiões administrativas, no entanto, as que estão no topo do ranking ficam em São Paulo. A primeira delas é Moema (93%), que, se fosse um país, estaria na quinta posição mundial, entre Nova Zelândia e Holanda. Após nove regiões administrativas de São Paulo, aparece a região de Bueno, em Goiânia, e a Lagoa, no Rio de Janeiro.
“Faz muita diferença para o uso de internet a sua renda. Para o celular não. Uma condição necessária para você usar tecnologias de internet é ter um grau de educação de que as camadas pobres do Brasil ainda não dispõem”, afirma o pesquisador.
O objetivo de Neri é que a pesquisa possa ser usada como base para políticas de inclusão social e de amparo à oitava meta do milênio, que traça objetivos em relação à conectividade. “
Fonte: Veja
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