Após comandantes da Aeronáutica, do Exército e da Marinha se posicionarem de forma contrária à proposta de unificação da Previdência Social, apontando as particularidades da carreira militar que assegurariam um regime de aposentadoria distinto das demais categorias profissionais, o Palácio do Planalto declarou no dia 8 de agosto que os membros das Forças Armadas não deverão ser incluídos na reforma previdenciária.
Para o economista, doutor em ciência política e especialista do Instituto Millenium, Paulo Tafner, isentar qualquer grupo profissional do ajuste previdenciário de que o Brasil precisa no atual momento é um equívoco. Ele adverte que, pelo fato de ainda não existir uma decisão definitiva do governo a respeito, uma vez que o projeto deve ser encaminhado para avaliação do Congresso até o fim do ano, o assunto é abordado com base em hipóteses.
Tafner reconhece que os militares requerem um tratamento “ligeiramente diferenciado” devido às características do exercício de suas funções: elevados custos de mobilidade, a impossibilidade de deflagração de greves, a incompatibilidade da rotina de trabalho com a dedicação a atividades paralelas, a remuneração inferior em comparação com a média de outros servidores públicos (o que consiste em um problema salarial, e não previdenciário), entre outras razões. No entanto, o economista defende que eles devem dar a sua contribuição ao ajuste na Previdência, desde que sejam feitas algumas correções fundamentais. Ele propõe, por exemplo, o aumento do tempo de duração da carreira nas Forças Armadas e a implementação de alterações para as suas regras previdenciárias. Como os militares costumam se aposentar precocemente, existe um alto custo para a sociedade nesse processo — estima-se que o déficit previdenciário da categoria tenha totalizado R$ 32,5 bilhões em 2015.
O economista sustenta que o país chegou a uma conjuntura em que não é mais possível ignorar a necessidade de reformar a Previdência Social, e que as gestões anteriores não deram a importância adequada a essa questão. De acordo com Tafner, “se não fizermos essa reforma agora, podemos ter de chegar ao extremo de cortar benefícios sociais. A transição demográfica está se acelerando, não se pode mais adiar as mudanças”.
Por fim, o especialista afirma que é preciso que o país cresça de forma sustentável, de modo a equacionar o grave problema fiscal que os governos têm, da União aos estados e municípios. Para que isso aconteça, deve-se, portanto, diminuir despesas e fazer reformas e ajustes, envolvendo a todos os cidadãos.
Não, senhor economista, não é privilégio o que acontece atualmente com os MILITARES. É um preço que a SOCIEDADE tem que arcar porque essas categorias, não tem uma série de benefícios que as demais, senão vejamos: FGTS, sindicalização e greve, tempo exclusivo( não tem horas extras) e pode ser requisitado a qualquer hora do dia e da noite, regulamento próprio e muito mais rígido, insalubridade, adicional noturno e etc, etc. Detalhe: maior parte dos países do mundo tem essa diferenciação para essa classe tão sofrida.
Acabei com a carreira da minha mulher devido a tantas movimentações.
Duas movimentações equivale a uma enchente, nada fica direito. Geladeira e fogão arranhados, a cama e os armários todos com folga. E o colégio das crianças??? Economista, falar é fácil!
Este senhor já é aposentado.
Tem que solicitar que os milicos ajudem também. Só ficam nos quarteis em fazer nada. Bando de preguiçosos.
Aqui há moderação? Qual um sentido de um instituto que se diz liberal censurar as falas das pessoas? Tem que cobrar desses milicos mesmo…