O advogado Gustavo Binenbojm discute as vantagens e os riscos da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 99/2011, que estende às associações religiosas o direito de propor no Supremo Tribunal Federal (STF) ação de inconstitucionalidade e ação declaratória de constitucionalidade de leis ou atos normativos. Binenbojm explica que a proposta reconhece, de forma não preconceituosa, que há direitos fundamentais ligados ao exercício da liberdade religiosa, ao dar voz ativa às entidades representantes das mais diversas religiões professadas no país — um Estado Laico e, portanto, defensor da liberdade de crença e das manifestações religiosas. Por outro lado, o advogado chama a atenção para um risco do avanço religioso sobre a política, uma tendência mundial. Ele ressalta que a proposta deve ser apenas um canal de participação jurídico-político. “Não dá a nenhuma religião o direito à primazia sobre as demais e sobre os outros”, explica Binenbojm. Caberá ao STF avaliar cada caso se pautando sempre pelos interesses públicos e pelos valores democráticos. Assista
“Existe uma tendência mundial de avanço do discurso religioso sobre a política”
Leia também
Os resultados de políticas liberais, na prática: o case de Minas Gerais
24/12/2024
O Instituto Millenium apresenta seu mais recente estudo, que destaca como a redução da intervenção estatal e a promoção da livre iniciativa...
Golpe ao Sul, Guerra ao Norte – O que se passa nas Coreias?
18/12/2024
*André Abbud Recentemente, o presidente sul-coreano Yoon Suk Yeol sofreu um impeachment após uma tentativa frustrada de golpe de Estado, que...
One Comment