O administrador de empresas Rodrigo Batista, 35 anos, é hoje o CEO do Mercado Bitcoin, startup que intermedia a compra e venda da moeda virtual e que faturou R$ 1,4 milhão em 2015. Ex-morador da favela de Paraisópolis, em São Paulo, e vindo de uma família simples, Batista teve que se esforçar bastante para estudar e ser um empreendedor de sucesso.
Filho de uma diarista e de um porteiro, Batista nasceu em Curvelo (MG). No entanto, em busca de melhores condições de trabalho, a família se mudou para São Paulo quando ele tinha 11 anos. O primeiro local em que morou foi Paraisópolis, no sul de São Paulo, onde ficou por três anos. Depois, mudou-se para o Itaim Paulista, no extremo leste da cidade.
Quando estava terminando o ensino fundamental, Batista descobriu o Instituto Federal de São Paulo (IFSP, na época Centro Federal de Educação Tecnológica), uma instituição pública com qualidade superior à escola onde estudava. Concluiu que a entrada na escola seria a porta de entrada para uma vida melhor. “Passei quatro meses estudando que nem um louco, mas passei na prova”, afirma Batista, que cursou processamento de dados na instituição. De lá, conseguiu uma vaga em administração de empresas na Universidade de São Paulo (USP).
Há cinco anos, Batista ouviu falar pela primeira vez em bitcoins. Na época, segundo ele, a moeda virtual passava por uma crise de desconfiança. Um tempo depois, em 2012, viu notícias que afirmavam que o bitcoin estava se fortalecendo e surgia como alternativa às transações eletrônicas tradicionais.
Resolveu empreender neste mercado junto com Gustavo Chamati, paulista de 34 anos que largou a faculdade de administração e virou programador. A dupla comprou o site Mercado Bitcoin – que foi criado em 2011 e já intermediava a compra e venda de bitcoins, mas não tinha nem CNPJ. “Formalizamos a empresa e profissionalizamos todos os aspectos”, afirma Batista.
O Mercado Bitcoin intermedia a compra e a venda da moeda virtual. De acordo com Batista, o uso mais comum para o bitcoin atualmente é fazer transferências internacionais pagando menos taxas.
De acordo com o empreendedor, 30 mil pessoas compraram ou venderam bitcoins desde que ele assumiu o site. A receita vem de comissões cobradas em cada transação. O valor é, em média de 2,5%, menor que o cobrado por bancos e pelo serviço de transferência de dinheiro Papal.
Neste ano, a meta do Mercado Bitcoin é faturar R$ 2,1 milhões. No médio prazo, Batista não descarta trabalhar com outras moedas virtuais, como o ether, que foi criado em julho do ano passado e vem ganhando espaço neste mercado. “Já fazemos testes com o litecoin, uma outra moeda virtual, e podemos trabalhar com outras caso necessário”, diz.
Fonte: “Pequenas Empresas & Grandes Negócios”
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