O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, diminuiu nesta quinta-feira, 26, o tom em seu discurso sobre a votação da reforma da Previdência.
Na terça, ele previu que as medidas seriam votadas na segunda quinzena de novembro. Em entrevista nesta quinta à imprensa, Meirelles evitou falar em prazos específicos e disse ter esperança de aprovação nos próximos dois meses.
“Quando mencionei a segunda quinzena de novembro foi uma estimativa, uma previsão. O que nós achamos é que é importante que seja aprovada ainda este ano”, disse ele, destacando que as eleições de 2018 reduzem bastante as chances de uma reforma desta magnitude passar no Congresso.
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Na terça, em reunião-almoço da Câmara de Comércio França-Brasil o ministro afirmou que a reforma poderia aprovada na segunda quinzena de novembro.
Ele ressaltou ainda que havia o interesse de todas as forças políticas que tem pretensões eleitorais em aprovar as medidas, pois se o texto não passar agora, o próximo presidente certamente terá que fazer a reforma da Previdência.
Nesta quinta, ele reafirmou este ponto e disse que a trajetória atual de despesas é insustentável.
O ministro se reuniu nesta quinta com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e disse a jornalistas em São Paulo que conversou sobre a Previdência com ele.
Meirelles ressaltou que tem dialogado com líderes da base e terá uma agenda de reuniões intensas com grupo de parlamentares nas próximas semanas para discutir a reforma.
Na quarta, após a votação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer, Maia disse que pretende colocar em votação um texto “enxuto” para a Previdência.
Perguntando sobre que pontos o governo cederia, Meirelles ressaltou que vai defender a aprovação do texto aprovado pelo relator Arthur Maia (PPS-BA).
“É um projeto que está equilibrado, já foi retirado uma série de pontos, mudado uma série de questões. Vamos ver como serão as negociações no Congresso.”
“Esperamos que a Previdência seja votada ainda este ano pelo Congresso”, disse ele, ao ser perguntado pelos jornalistas se mantinha a previsão de aprovação do texto na segunda quinzena de novembro como disse.
Perguntado se espera uma “reforma ou reforminha” da Previdência, Meirelles respondeu que será uma “reforma”.
“A agenda segue agora com vigor”, disse ele, ressaltando que o Congresso pode se dedicar aos projetos econômicos. “Vou me envolver pessoalmente.”
Questionado se o governo terá que fazer mais concessões aos parlamentares para aprovar a reforma da Previdência, Meirelles disse que o texto será aprovado “em seu mérito”, ou seja, com o entendimento de que a reforma é necessária para impedir um crescimento muito grande dos gastos públicos, comprometendo que o governo gaste em outras frentes.
Meirelles disse que para aprovar a reforma vai “ter trabalho e discussão”, porque a reforma da Previdência é sempre controversa.
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