A presente crise mundial acentuou a diferença entre os países que baseiam o aumento de seu Produto Interno Bruto (PIB) em exportações e, aqueles que dependem do mercado interno para aumento do seu PIB.
Nações exportadoras são basicamente Japão, Alemanha e Estados Unidos. O Brasil é das nações que tem seu mercado interno como principal adquirentes de seus produtos. Com efeito, apenas cerca de 15% do seu PIB é exportado. Isto o livrou das atuais incertezas existentes nas nações que habitualmente constituem seu mercado com exportações.
O que prejudica o Brasil é a profunda desigualdade social e mercantil de seus habitantes, agravada pela falta de educação. Cerca de 14 milhões de brasileiros não sabem ler nem escrever, o que constitui cerca de 10% de sua população. Além disso temos dois Brasis: um Sul e Sudeste desenvolvidos e, um Norte e Nordeste subdesenvolvidos. Isto agrava a situação de troca entre as regiões. São necessários grandes investimentos no Norte e Nordeste para eliminar este gap.
Em favor do Brasil, temos o seu magnífico patrimônio artístico, Barroco e Rococó que, nos deixaram os colonizadores portugueses. Salvador, Olinda, Recife, Rio de Janeiro, tem jóias da arquitetura religiosa. Quem não se deslumbra com ouro da Igreja de São Francisco e os azulejos da Ordem 3a de São Francisco em Salvador; com a magnífica Igreja de São Bento em Olinda, e a Ordem 3a da Penitência do Rio de Janeiro?
Acrescesse a isto as belezas naturais de muitas de suas cidades. Tudo isto aumenta o turismo, crescendo naturalmente o seu PIB interno.
Mas o que se nota, no Brasil atual, é uma profunda ausência de governabilidade. A atual Presidente se vê envolvida com escândalos de corrupção que pululam no seio do governo, oriundos da era Lula. Decorridos cerca de oito meses de governo, não se vê nenhum planejamento, nem programa eficaz de governo. Quais as novas obras? A máquina administrativa está desmantelada com a substituição de vários ministros acusados de corrupção e, muitos outros na fila de espera para serem mandados embora com acusações de corrupção. Como se pode governar assim?
A Presidente Dilma, não tem a menor condição de governabilidade com o quadro de ministros que tem. Mas quem escolheu estes ministros? No regime presidencialista os ministros nada mais são que secretários do Presidente. Mas, tem que ter como bandeira eficiência e honestidade.
Termino com Abdel Nasser: “Construir fábricas é fácil, fazer hospitais e escolas é possível, mas formar uma nação de homens é tarefa longa e árdua.”
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