Com intuito de levar conhecimento e abrir portas do mercado de trabalho para jovens em vulnerabilidade social, nasceu o Projeto Pescar. Em parceria com empresas e organizações, programas gratuitos e socioprofissionalizantes chegam até jovens de baixa renda que podem associar o turno escolar do ensino médio com a participação nas atividades. O Imil, mais novo parceiro da iniciativa, entrevistou Afrânio Chueire, presidente voluntário da instituição, para conhecer melhor como funciona este trabalho social. Ouça!
O programa é dividido em iniciação profissional e desenvolvimento pessoal e cidadania, sendo 14 áreas dispostas em seis eixos tecnológicos: Gestão e Negócios; Manutenção; Produção e Processos; Ambiente e Saúde; Informação e Comunicação; e Petróleo e Gás. “60% do programa é voltado para cidadania, auto conhecimento e crescimento como indivíduo, norteando a importância da liberdade individual. E 40% são uma preparação para o profissionalizante. Durante um ano, o jovem é acompanhado por um educador social e frequenta aulas em salas físicas, dentro das empresas parceiras, com turma de 20 alunos”.
O projeto possui também aulas de como montar seu currículo, educação financeira, saúde, sexualidade, comunicação e língua portuguesa, além de desenvolver cursos específicos junto de cada empresa, como serviços administrativos, logística, alimentação e restaurante, processo de eletrotécnica, produção industrial, eletromecânica e produção madeireira.
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Para fazer parte do Projeto Pescar é necessário estar frequentando a escola, ter entre 16 e 19 anos, renda familiar de até meio salário mínimo por pessoa e não ter concluído nenhum curso técnico ou profissionalizante anteriormente. “Nosso objetivo é poder fornecer uma transformação na vida destes jovens, mas é importante que ele tenha dentro de si a vontade de buscar essa transformação, fazer parte da nossa sociedade como cidadão atuante. Ao final do curso nós enxergamos um cidadão mais preparado, se conhecendo melhor, mais empoderado e com reforços em área de conhecimento que são necessários para a preparação para enfrentar o mercado”, relata Chueire.
Parceria com o Imil
Após formar mais de 30 mil jovens por todo o Brasil e ter mais de 70 turmas estabelecidas somente em 2019, o Projeto Pescar fecha parceria com o Instituto Millenium. “O conteúdo do Imil será fundamental para compartilharmos nossas ideias e objetivos, que são coincidentes. Trabalhamos com liberdade individual, livre mercado e acreditamos que é possível ser protagonista da própria vida. Nenhum ser humano pode ficar à margem das oportunidades que a sociedade pode oferecer e nós estamos colaborando com esse objetivo comum”, reforça o presidente da instituição.
Para Priscila Pinto, CEO do Instituto Millenium, a parceria é de fundamental importância, sobretudo pela grande capacidade que o setor privado tem em formar oportunidades. “O mais importante hoje não é somente ir para uma universidade, mas sim sair preparado para pensar e encarar uma economia diferenciada, poder conseguir um trabalho dinâmico, organizar a vida da família e poder ajudar sua comunidade. E é justamente o que o Pescar faz, incorporando pessoas da própria comunidade, com baixa renda, ao mercado de trabalho dos arredores. Temos que não pensar apenas no lucro e sim no que o lucro pode fazer para criar um sistema onde todo mundo saia ganhando, com educação, emprego e saúde”.