O Brasil tem muitos entraves institucionais que tornam o país pouco competitivo. É o que afirma a economista Maria Alejandra Madi, especialista do Instituto Millenium (Imil) e professora visitante da Escola Paulista de Economia, Política e Negócios da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Como consequência, a inserção do Brasil nas cadeias globais de produção é limitada. Segundo Madi, quase metade das empresas exportadoras encontram restrições sérias aos negócios no país. Isso porque a burocracia alfandegária aduaneira e a tributária desestimula as exportações. “Claramente, voltamos a ser um exportador de commodities. Reduzimos a exportações e aumentamos significativamente as importações de manufaturados”, disse ela, acrescentando que a burocracia gera demora na homologação de pedidos, na transferência de créditos para terceiros, na liberação de mercadorias e outros problemas que emperram o fluxo dos negócios. “O fator tempo está correndo contra nós e tem um custo de oportunidade muito alto”, frisou a economista, uma das convidadas do evento “As velhas e as novas faces da burocracia no Brasil”, parceria entre o Imil e a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Assista ao vídeo.
“O fator tempo está correndo contra nós”
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