A liberdade de imprensa, tema recorrente principalmente no final do governo Lula – devido a insegurança gerada em torno do plano de regulação da mídia – é um dos temas do seminário “Cultura de Liberdade de Imprensa”, promovido pela TV Cultura. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso participou do debate e afirmou nesta sexta-feira que é “impossível” não haver regulação da mídia no que diz respeito aos meios de difusão, mas destacou que o controle do conteúdo é contrário ao espírito da democracia.
Para FHC, porém, a discussão sobre o tema precisa demorar “muito tempo”. Não deve, diz ele, ser colocada “goela abaixo” do Congresso e do país. “No debate atual, existe uma certa confusão. Estamos misturando a necessidade eventual da organização dos meios de difusão, inclusive por causa das novas tecnologias e da convergência entre plataformas, que requerem alguma regulação, com aquilo que não requer regulação, que é o conteúdo”, afirmou.
O ministro Franklin Martins abriu o seminário e declarou não ter entendido porque suas palavras foram polemizadas quando disse que não queria resolver o plano de regulação da imprensa “em um clima de enfrentamento”. Franklin Martins disse ainda que o Ministério da Comunicação Social “precisa ser refundado” e voltou a defender uma nova regulamentação para a mídia, embora tenha afirmado que a liberdade de imprensa não está ameaçada no país.
Quer debater o assunto? Participe do 6o Colóquio “Cultura, Mercado e Liberdade de expressão”
Fonte: jornais “Folha de S. Paulo”e “O Estado de S. Paulo”.
Penso que seria de fundamental importância desimbricar os poderes constituídos das suas nefastas interferências exercidas sobre os órgãos de comunicação, bem como impedir que o financiamento das campanhas eleitorais seja compensado via contratação de grandes empresas que ( por coincidência!!!?), financiaram os candidatos que, posteriormente as contratariam. O “negócio” é tão lucrativo que o financiamento é feito indistintamente à esquerda e à direita, provando que, evidentemente, não se trata de uma postura ideológica mas sim, meramente comercial, cuja retribuição excede o universo das atividades legais, morais e éticas.
Também os órgãos de comunicação têm a sua paga através de anúncios contratados pelo poder público, que, assim, se torna inatacável por motivos óbvios porém não mais honestos que os supra mencionados.
Escudado por esse esquema vigoroso e pulsante, todo um corolário de crimes grassa acobertado e impune, abrangendo o sucateamento da rede pública de saúde, a desvalorização do professor e, consequentemente de todo o sistema de ensino, a proliferação do banditismo de toda classe e de todas as classes.
Seria preciso, portanto, prover o total impedimento da nefasta influência que tais verbas estão a insuflar na sociedade, de maneira a vislumbrarmos um fiapo de luz no horizonte desse inferno neoliberal a que interesses subservientes e antinacionais nos lançaram.Eis aqui uma sugestão que qualquer ONG ou associação poderia encampar e, colhendo assinaturas, transformar ( após discussões ) em projeto de lei. Rogo aos que amam esta terra que ajam de imediato, antes que se avolume ainda mais o sofrimento dos mais desfavorecidos.