Estudo também chama atenção para necessidade de eficiência e transparência na política fiscal.Expectativa é que inflação fique próxima ao teto da meta do governo
Um relatório do Fundo Monetário Internacional afirma que o Brasil deve encerrar este ano com taxa de crescimento menor do que a média mundial, da América Latina e dos país emergentes e que, mesmo com a alta dos juros, a inflação ficará próxima do teto da meta fixada pelo governo. De acordo com o estudo “Perspectivas econômicas das Américas, desafios crescentes”, a expansão do Produto Interno Bruto (PIB, total das riquezas produzidas) será de menos de 2%, contra 2,5% na América Latina, 3,5% na média mundial e 4,9% nos países emergentes.
No aspecto fiscal, o texto destaca que países como Brasil, Chile, Colômbia , El Salvador e México adotaram política anticíclica nos últimos anos, ou seja, utilizaram os gastos públicos ou isenção de impostos para estimular o crescimento. E chama a atenção para atributos importantes para a política fiscal sólida, como sustentabilidade, transparência e eficiência fiscal, que devem ser reforçados.
De acordo com o FMI, a atividade econômica do Brasil é limitada “por restrições de fornecimento no mercado interno, especialmente na área de infraestrutura e pelo baixo crescimento do investimento privado”. Estes itens, diz o texto, parecem refletir a perda de competitividade, a queda na confiança dos empresários e o aumento no custo dos financiamentos.
O relatório também afirma que o ajuste da política monetária (alta dos juros) não será capaz de tirar a inflação do teto da meta (6,5%) por causa da limitada capacidade de produção, da inflação inercial e do impacto da alta do dólar sobre os preços no mercado doméstico.
Fonte: O Globo
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