O Fundo Monetário Internacional (FMI) revisou nesta terça-feira (13) suas estimativas para a economia mundial. Em seu relatório ‘World Economic Outlook’, o fundo projetou um tombo de 4,4% para a economia global este ano – uma melhora em relação à estimativa de junho, que via uma queda de 4,9%.
Houve melhora também nas estimativas para o Brasil: o FMI agora vê uma queda de 5,8% no PIB brasileiro este ano. Em junho, a estimativa era de um tombo de 9,1%, o maior em 120 anos. A entidade, no entanto, já havia apontado esta previsão para a economia nacional em um relatório específico sobre o país.
Ao mesmo tempo, foram revisadas para baixo as previsões de crescimento em 2021: a estimativa é de uma expansão global de 5,2%, enquanto o Brasil deve crescer 2,8% – em junho, essas previsões era de 5,4% e 3,6%, respectivamente.
Os Estados Unidos aparecem como destaque positivo nesta revisão: a estimativa de junho, de queda de 8%, foi substancialmente melhorada, para uma queda de 4,3%.
Emergentes e em desenvolvimento
O Fundo alerta que, mesmo com a retomada de atividades durante a pandemia, as perspectivas econômicas dos mercados emergentes e em desenvolvimento, com exceção da China (cuja economia deve crescer 1,9% este ano, na única expansão entre os países discriminados no relatório), continuam “precárias”.
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Segundo o documento, a contínua transmissão do coronavírus, a sobrecarga dos sistemas públicos de saúde e a dependência de financiamento externo, incluindo remessas, são fatores que refletem na atividade econômica de um país.
“Todas as regiões de mercados emergentes e de economias em desenvolvimento devem contrair este ano, incluindo notavelmente a Ásia, onde grandes economias, como Índia e Indonésia, continuam tentando controlar a pandemia”, informou o relatório.
O FMI mostra uma situação especialmente alarmante na Índia, onde o PIB sofreu uma contração muito acima da esperada no segundo trimestre. Como consequência, a estimativa para o desempenho da economia do país este ano passou de uma queda de 4,5% para um tombo de 10,3%. Para o próximo ano, foi estimado um crescimento de 8,8%.
Com isso, a previsão para a Ásia emergente e em desenvolvimento passou de -0,8% para -1,7%.
Sobre o Brasil, a organização destacou a recuperação da atividade industrial em julho e agosto, em relação aos meses anteriores, mas ponderou que o setor de serviços ainda enfrenta dificuldades para se recuperar por conta do alto número de infectados.
Fonte: “G1”, 13/10/2020
Foto: Reprodução