Neste ano, as startups brasileiras já levantaram US$ 5,6 bilhões em investimentos em 412 rodadas. Só no mês de julho, foram US$ 484,4 milhões. Para efeito de compração, em todo o ano de 2020, foram 549 negócios fechados e um total captado de US$ 3,55 bilhões. As M&As (fusões e aquisições) também estão em alta: nos primeiros sete meses do ano, foram realizados 134, contra 163 concluídas no ano passado inteiro, segundo o Dataminer, braço de inteligência do Distrito.
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“O mundo de startups está muito aquecido, em todos os sentidos. É um processo que deveria ter acontecido ao longo do tempo, mas acabou sendo acelerado pela pandemia”, diz Dan Yamamura, sócio-fundador da Fuse Capital. Nesse período, pessoas, governos e empresas perpceberam que estavam atrasados em relação à digitalização e isso gerou uma certa correria. No caso das empresas, elas não só passaram a consumir mais tecnologia, como começaram a fazer investimentos em startups para fomentar a inovação.
Para ajudar essas companhias em sua transformação digital, a gestora carioca acaba de lançar um serviço chamado de venture capital as a service (VCaaS) – ou capital de risco como serviço, em português. O objetivo é conectar e direcionar investimentos de grandes organizações para startups que elas entendam como estratégicas – por trazerem tecnologia de ponta, por ampliarem as suas frentes de atuação ou integrarem mão de obra especializada à sua estrutura.
“Já faz parte do nosso modus operandi conectar empresas e startups. Mas enxergamos uma outra foma de fazer isso, criando um portfólio mais específico e personalizado”, diz Yamamura.O programa torna mais fácil entender os objetivos da corporação. A partir daí, a Fuse Capital se encarrega de fazer o mapeamento dos negócios que atendam aos requisitos pré-definidos e apresentem grande potencial de crescimento. Em um prazo de 30 dias, a gestora apresenta duas ou três opções. Com a escolha validada, inicia um processo de análise mais aprofundado.
O projeto segue um modelo reconhecido pelo mercado como pledge fund, na qual o investidor possui o poder de veto. “Isso significa que é a empresa que tem a palavra final. Nós somos responsáveis apenas por procurar as startups. E, caso o investimento se concretize, também fazemos um acompanhamento”, complementa Yamamura.
O sócio-fundador da Fuse Capital destaca ainda que, se a startup atender às teses de investimento da própria gestora, pode haver um coinvestimento. Além disso, as empresas que querem investir em inovação têm como opção aportar recursos nas seis statups que já estão no portfólio da organização carioca – mas desde que elas estejam com as rodadas abertas.
São elas: AIO (IA aplicada para reduzir grandes provas em poucas perguntas), Fligoo (aplicações de IA direcionada a grandes clientes corporativos), Hashdex (gestor de investimentos cripto), Pink (plataforma de comunicação para pequenas e médias empresas), Vexi (emissão de cartão de crédito) e W.Dental (healthtech da área de saúde bucal). Os sócios da empresa também possuem investimentos em negócios como Loggi, Zee.Dog, Nibo e Devassa.
Fonte: “Época Negócios”, 06/08/2021
Foto: Divulgação