Um mês após o anúncio oficial da chegada do Google Campus ao Brasil, a empresa de internet começa a divulgar novidades sobre o funcionamento do espaço. A primeira é que o foco da iniciativa não é apenas investir diretamente em startups, mas fomentar todo o ecossistema brasileiro de empresas de tecnologia. Por isso, o Campus, mesmo sob a responsabilidade do Google, será aberto à comunidade.
O Campus brasileiro ficará em São Paulo. Os outros estão em Londres (Inglaterra) e Tel-Aviv (Israel). Também neste ano, foi anunciada a criação de espaços em Varsóvia (Polônia) e Seul (Coreia do Sul). Ambos estão em processo de implantação.
Neste momento, o processo de escolha do local do Campus está sendo finalizado pelos executivos da empresa. O Google não revela qual será o imóvel, mas afirma que o espaço fica nas proximidades da Avenida Paulista, centro financeiro da capital. Também está em andamento a contratação de um diretor brasileiro para o Google for Entrepreneurs, braço da empresa voltado para o fomento ao empreendedorismo e que terá atuação no Campus.
Além disso, a gigante da tecnologia vem conversando com entidades brasileiras do setor de startups. “Estamos em busca de parceiros que nos ajudem a estimular o ecossistema”, diz José Papo, diretor de relações com desenvolvedores do Google. Não há uma data exata de início das atividades – a empresa só crava que a abertura acontecerá em 2015.
Boa parte da infraestrutura será aberta a empreendedores em geral. Os benefícios trazidos por uma área de convivência como o Campus são vários. Papo enumera alguns. “No espaço, é possível fazer networking, aprender com outros profissionais e encontrar um sócio, por exemplo.” Apesar de estar em São Paulo, o Campus foi criado para atender a empreendedores do país inteiro.
O Campus terá ainda um auditório, para eventos com personalidades de destaque no mundo do empreendedorismo. E não necessariamente ligados ao Google – outro ponto no qual as parcerias com entidades ligadas às startups se fazem importantes. “Estamos abertos à possibilidade de receber qualquer pessoa importante para a comunidade empreendedora”, afirma Papo. Outra atividade interessante prevista para o espaço são as “office hours”, quando membros da equipe do Google dão mentoria aos empreendedores presentes.
Vale ressaltar que, antes de ir ao Campus, será necessário fazer um pré-cadastro online, mas o site ainda não está no ar.
O Google adianta também que deverá selecionar algumas startups para um período em um espaço de coworking restrito do Campus. Ainda não há informações sobre que tipo de negócios estão na mira do Google. O que é certo é que o processo seletivo começa assim que o Campus abrir e que não haverá investimento direto.
Ou seja, o Campus não funcionará como uma aceleradora para as empresas. Não haverá aportes financeiros nem cessão de participação acionária para o Google. Mas se não há possibilidades de lucro para o o grupo, qual é a vantagem em se criar um espaço para as startups? A resposta vem de um raciocínio simples: ao incentivar as startups, o Google estimula os avanços tecnológicos, como a criação de aplicativos. Quanto maior a oferta de plataformas, mais atraentes ficam os celulares com Android, um dos produtos da empresa. E quanto maior o acesso à tecnologia, mais gente usará o serviço de busca do Google.
Startup Launch
Uma alternativa para quem quer alavancar um negócio de tecnologia antes de contar com o Campus é o Startup Launch. Com o programa, que aceita inscrições o ano inteiro, é possível ter acesso a mentorias, eventos e soluções do Google. Para participar, basta preencher esta ficha.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios.
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