Com a proximidade das festas de fim de ano, multiplicam-se as caixinhas nos diversos estabelecimentos comerciais do país. Padarias, farmácias, condomínios e academias dispõem cofrinhos ornamentados com temas natalinos próximos aos caixas. Mas o que a princípio seria apenas o reconhecimento por um serviço bem prestado pode revelar uma tendência à corrupção, segundo pesquisadores de Harvard.
A pesquisa “Aqui vai uma gorjeta: gratificações pró-sociais estão ligadas a corrupção”, realizada pela escola de administração de Harvard, revela que as sociedades que têm o hábito de dar gorjetas são mais propensas à prática do suborno. Os neozelandeses e os islandeses são uns dos povos menos corruptos do mundo e não cultivam o hábito do caixinha. Já no Brasil e na Argentina, considerados países com alto grau de corrupção, segundo o índice de percepção da corrupção calculado pela Transparência Internacional, as gorjetas são uma prática corrente.
Veja o gráfico abaixo:
Os pesquisadores destacam a importância de se avaliar a intenção que motiva a gratificação. O estudo mostra que existem duas motivações que levam as pessoas a dar gorjetas: obter vantagens e reconhecer um serviço satisfatório. Dessa forma, podem existir países pouco corruptos com grande propensão a dar caixinha como no caso do Canadá, onde os cidadãos gostam de recompensar o bom atendimento.
Fonte: Veja, 28/11/2012
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