O governo federal levou para depois das eleições o maior leilão de geração de energia elétrica deste ano. A data do leilão A-5, para entrega de energia partir de 2019, foi alterada de 30 de setembro – cinco dias antes do primeiro turno – para 28 de novembro, segundo Portaria assinada pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, publicada no “Diário Oficial da União” nesta terça-feira.
Segundo nota divulgada pelo Ministério de Minas e Energia, “a alteração foi motivada pela previsão de conclusão de licenciamento prévio de usinas hidrelétricas totalizando mais de 460 MW de potência bem como pelo interesse da fonte eólica por essa oportunidade de comercialização de energia a partir de 2019, reforçando o objetivo de manutenção de uma matriz elétrica limpa e renovável”.
O leilão A-5 deste ano se caracteriza pela ausência de grandes projetos de geração hidrelétrica entre os mais de mil empreendimentos que poderão gerar 50,9 mil Megawatts de energia, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE). O governo alterou a data do leilão, portanto, para elevar em menos de 1% o potencial de geração hidrelétrica do total previsto para o leilão.
Segundo Romeu Rufino, diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), uma das usinas que está prestes a conseguir a licença ambiental para fazer parte do leilão é Itaocara, que fica no rio Paraíba do Sul, entre cinco municípios do Rio e de Minas Gerais. A usina, já pronta e com contrato rescindido tem capacidade de geração de 145 MW.
— As usinas precisam de licenciamento ambiental prévio para inclusão no leilão — disse Rufino após a reunião de diretoria da Aneel nesta terça-feira.
Fonte: O Globo.
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