A taxação de um prêmio como o Grammy, recebido pelo engenheiro de som Enrico de Paoli, vencedor da categoria latina com o melhor disco MPB de 2011 pelo álbum “Ária”, de Djavan, é um exemplo de como nada escapa das garras do Estado brasileiro e também de como falta transparência, informação a respeito de todo o processo: o que se cobra, onde e por quê e ainda, o mais importante: onde e como é empregado.
Paoli só pode receber a estatueta após a Receita Federal e o Governo do Rio de Janeiro taxarem o objeto.
Nesta segunda, 1 de fevereiro, Enrico recebeu o Grammy pelo correio e se surpreendeu com uma guia guia de recolhimento de impostos junto ao prêmio, que é gratuito. Para cobrar as taxas, os fiscais da Receita tiveram que instituir um valor ao Grammy de R$ 35.
“Não tenho ideia de onde tiraram esse valor”, disse Enrico ao “portal iG”. “É um valor aleatório, até baixo, para o Grammy. Em cima disso, foram cobrados 60% de imposto de importação e 15% de ICMS.” Assim, no total, os impostos totalizaram R$ 31,24.
O valor foi pago pelo remetente, a Academia Latina de Artes e Ciências Discográficas. “Minha revolta não foi pelos trinta e poucos reais cobrados. Foi pela cobrança em cima de algo gratuito”, explica.
Em 2001, Enrico já havia conquistado uma estatueta por seu trabalho com o baixista de jazz americano Marcus Miller.
Fonte: IG
No Comment! Be the first one.