A outra opção seria autorizar o saque das contas inativas, como já ocorreu no governo do ex-presidente Michel Temer. No entanto, essa saída é vista como um “ voo de galinha”, pois traria uma injeção pontual de dinheiro na economia. Já o saque periódico seria uma política contínua. O valor a ser sacado nessa modalidade poderia ter um teto de R$ 3 mil ou variar de acordo com percentuais que variam de 10% a 35%.
Últimas notícias
Trabalhador que ficar 3 meses sem salário poderá rescindir contrato e receber indenização
Liberação de saque do FGTS deve impulsionar crescimento do PIB em 2020, preveem especialistas
Anúncio de liberação de saque do FGTS pode animar mercados nesta quinta
Segundo os técnicos da área econômica, quem optar pelo saque periódico das contas do FGTS, não poderia mais sacar os recursos em outra modalidade, como retirar os recursos em caso de demissão sem justa causa.
No governo Temer, foram liberados R$ 44 bilhões de contas inativas. No entanto, segundo os interlocutores da área econômica, apenas R$ 15 bilhões foram usados para consumo. O restante virou aplicação financeira.
O governo planejava divulgar a medida do FGTS nesta quinta-feira, durante solenidade que marca os 200 dias do governo Bolsonaro. No entanto, o setor da construção civil reclamou , alegando que a medida poderia retirar recursos do Fundo de Garantia que hoje são usados para financiar projetos de habitação, infraestrutura e saneamento. Isso adiou a divulgação.
Outro problema que também contribuiu para o adiamento foi a queixa da Caixa Econômica Federal que até na quarta-feira não tinha sido chamada para participar das conversas. O banco reclamou que precisa elaborar uma logística especial para efetuar os pagamentos aos trabalhadores, o que inclui mudanças nos horários de abertura das agências, além de funcionamento aos sábados e domingos. Isso seria necessário para cumprir o cronograma ainda este ano.
– Tudo estava indo muito rápido e existe um problema de logística – disse uma fonte a par das discussões.
+ Maílson da Nóbrega: FGTS: liberação é positiva, mas apenas um paliativo
Como são dois pagamentos, FGTS e PIS/Pasep, não seria possível estruturar toda a operação em menos de um mês, afirmou outra fonte. Segundo ela, os pagamentos começariam, provavelmente, pelo PIS.
Quando o ex-presidente Michel Temer anunciou a liberação do saque do FGTS em dezembro de 2016, a Caixa levou dois meses para desenhar o cronograma de pagamento e mais quatro meses para cumprir o calendário, que durou entre março e julho de 2017.
Fonte: “O Globo”