Os economistas Nelson Barrizzelli e Roberto Luis Troster ponderam sobre aumento do valor máximo para financiamento com FGTS
O recente aumento do valor máximo do crédito para a compra da casa própria com Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), anunciado no último dia 30 de setembro, vai muito além da tentativa de estimular a economia. Ao elevar o teto – São Paulo, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais e no Distrito Federal esse limite pode chegar a R$ 750 mil – especialistas argumentam que o governo tenta se aproximar da classe média.
“Todas as medidas econômicas que estão sendo tomadas têm um único objetivo: as eleições de 2014 e a possibilidade de o PT [Partido dos Trabalhadores] perdê-las. Para garantir a vitória em 2014, qualquer candidato precisa atrair a classe média brasileira”, opina Nelson Barrizzelli, economista e professor aposentado da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP).
Barrizzelli constata ainda que a medida pode ser entendida como mais uma tentativa de estimular a economia via concessão de crédito. “O governo do PT está tentando repetir a fórmula aplicada entre 2005 e 2010, ou seja, incentivar fortemente o consumo para obter crescimento econômico”, enfatiza.
Roberto Luis Troster, doutor em economia pela Universidade de São Paulo (USP) e ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), reconhece que a decisão agrada a classe média. No entanto, ele é crítico em relação à possibilidade de esse aumento do teto para o financiamento da casa própria incentivar a economia. “Considerando o atual quadro econômico e a dinâmica inflacionária, esse estímulo é fraco e tem algumas perversidades”, alerta.
Essa medida simplesmente faz com que os imóveis subam de preço, na prática inflaciona ainda mais o mercado …
Essas medidas governamentais sempre vem sequenciadas por uma grande quantidade de seres comensais,que utilizam o propósito apresentados para também tiram seus dividendos financeiros e políticos; tal qual no programa Minha Casa, Minha Vida. Assim ganha-se o governo pela idealização de programas iguais a esse e, ganha-se todos que se alinham ou perfilam do começo ao fim de essa cadeia que gira entre o benefício criado e a execução do engodo. E a população? Massa de manobra sempre. Tenho Dito.