O Ministério da Economia informou, na noite desta quinta-feira, ter vendido R$ 96,2 bilhões (ou US$ 23,5 bilhões) de ativos para iniciativa privada. Isso inclui privatizações e concessões e atende a uma meta estipulada para o ano inteiro, que era de arrecadar US$ 20 bilhões (R$ 82 bilhões) com essas operações.
A maior parte desse valor, porém, não entrou diretamente no caixa do governo federal. Apenas cerca de R$ 6 bilhões do total levantado entrou diretamente nas contas do Tesouro Nacional.
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Isso ocorreu porque as operações consideradas como privatizações pelo Ministério da Economia foram conduzidas por Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES. O dinheiro entrou na conta dessas empresas. Especialmente a Petrobras usou os recursos para abater parte da sua dívida.
Salim Mattar descartou a venda da Caixa, do Banco do Brasil e da Petrobras.
Apesar dos números, o secretário de Desestatização do Ministério da Economia, Salim Mattar, afirmou que o ritmo está abaixo do esperado:
— Está sim mais lento que eu esperava. O Estado brasileiro é tão gigante que nada é fácil de fazer.
Até setembro, foram concluídas as vendas da participação do Banco do Brasil e da Caixa no Instituto de Resseguros do Brasil (IRB). Em relação à Petrobras, foram contabilizadas a venda da BR Distribuidora, da refinaria de Pasadena e da TAG, entre outros. O governo tenta ainda vender 17 empresas, como Eletrobras, Correios e Casa da Moeda. Mas essas operações precisam do aval do Congresso.
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O Ministério da Economia informou ainda que o governo federal tem participações em 637 empresas no país. Nessa conta, estão companhias diretamente controladas pela União, subsidiárias, coligadas ou participações sem poder de decisão. O número marca uma virada na forma como o governo vinha divulgando informações sobre estatais federais.
Até agora, o Ministério da Economia informava apenas o número e a situação das empresas diretamente controladas pela União ou subsidiárias dessas companhias. Os relatórios do governo não avaliavam, até agora, as empresas com participação da União e de suas estatais, mesmo sem poder de controle.
Fonte: “O Globo”