O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, afirmou na madrugada desta quarta-feira, 20, durante evento em Brasília, que o governo reconhece que a pauta de votações no Congresso é uma decisão que cabe aos presidentes da Câmara e do Senado. O comentário foi feito após jornalistas questionarem Marun a respeito de desconforto entre o Planalto e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).
Na terça-feira, 20, Maia havia afirmado que os 15 pontos legislativos propostos pelo governo, para votação no Congresso, são um “café velho e frio”. Também presente no evento desta noite, o presidente da Câmara voltou a usar a imagem para se referir às propostas do governo.
“O governo apresentou sugestões de priorização em relação a temas econômicos”, minimizou Marun. “A princípio, não precisamos ir atrás de novas propostas. Buscamos, naquilo que já está sendo discutido, a priorização. Sugerimos a priorização de alguns termos. Nunca pretendemos apresentar novidades no momento em que nos aproximamos do fim desta legislatura.”
De acordo com Marun, a prioridade do governo “era e é” a reforma da Previdência. “Reconhecemos que não existe hoje as condições jurídicas para que sua tramitação avance”, disse o ministro. “Temos também como prioridade hoje a questão da guerra ao banditismo. Mas assim mesmo apresentamos ao legislativo, de forma respeitosa, uma sugestão de temas que já estão em discussão ou no parlamento ou na sociedade, e que o governo gostaria de ser aprovado ainda este ano.”
Marun afirmou que a base na pauta proposta pelo governo não é a questão fiscal, mas a busca de leis que tornem mais “estimulante o clima da economia brasileira”.
Ele participou nesta noite da posse da nova diretoria da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), que terá a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS) na presidência da entidade.
Fonte: “O Estado de S. Paulo”