O ministro da Economia, Paulo Guedes, entregou oficialmente nesta sexta-feira (25) o projeto da reforma tributária à Câmara dos Deputados.
Guedes ressaltou o aumento das pessoas que ficam isentas de Imposto de Renda e que a medida deve beneficiar o Brasil de forma ampla. “Os impostos serão reduzidos para 30 milhões de assalariados (…) mais 8 milhões de brasileiros isentos”, disse ele.
O ministro acredita que a reforma deve reverter uma sequência de aumento da carga tributária e também lembrou que as empresas serão beneficiadas, o que pode favorecer a geração de empregos.
“É um marco no sentido de que o Brasil em 40 anos aumentou os impostos sobre empresas, também por quatro décadas, nós aumentamos os impostos sobre os assalariados. E, ao contrário, não houve coragem de tributar os bens de capital. Então, durante décadas, nós aumentamos impostos sobre as empresas, dificultando investimentos, dificultando a criação de empregos, dificultando a acumulação de capital, que aumenta a produtividade e o salário dos trabalhadores brasileiros”, afirmou.
Ele lembrou a reforma da Previdência e o projeto da reforma administrativa para justificar que os gastos foram controlados e não deve haver desequilíbrio nas contas públicas. “Não é arrecadação cíclica como estão dizendo. Não há o menor risco de desequilibrarmos as finanças”, disse ele.
A faixa de isenção de Imposto de Renda foi ampliada. Hoje quem ganha até R$ 1.900 por mês não paga imposto, agora, essa isenção vai subir para quem ganha até R$ 2.500.
As empresas também serão beneficiadas no Imposto de Renda. A taxa deve cair de 15% para 12,5% no ano que vem e de 12,5% para 10% no ano seguinte.
Em compensação, lucros e dividendos, que eram isentos, passam a ter cobrança. O governo vai cobrar dos donos das empresas e dos acionistas das grandes empresas. Quem ganha até R$ 20 mil em dividendos por mês ou R$ 240 mil por anos segue com isenção. Quem ganha acima disso passa a pagar 20% sobre os lucros que excedem esse valor.
Fonte: “Band/Uol”, 25/06/2021
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