Falta de professores especializados, carga horária apertada e grade curricular saturada são os principais argumentos dos educadores que são contra a inclusão da disciplina Cidadania Moral e Ética, no ensino fundamental, e Ética Social e Política, no ensino médio. Os profissionais da área de educação também argumentam que o conteúdo relacionado às novas disciplinas já está presente nos currículos escolares.
O economista e especialista em educação, Gustavo Ioschpe, alerta para a sobrecarga de disciplinas no currículo nacional. “Estamos colocando demandas sobre o nosso sistema educacional que ele claramente não tem condições de atender”.
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A despeito dos problemas de ensino no Brasil, o senador Sérgio Souza (PMDB-PR) usou os índices de corrupção e a ineficiência da justiça na tentativa de justificar a relevância da sua proposta. A lei que prevê a criação das novas matérias foi aprovada em novembro pelo Senado e aguarda votação na Câmara dos Deputados.
Na opinião de Ioschpe, a grade curricular precisa ser enxugada. “Ao invés de aumentar, deveríamos diminuir o currículo”. Para o economista, a prioridade é garantir que o atual programa disciplinar seja executado com a garantia de qualidade.
“A despeito dos problemas de ensino no Brasil, o senador Sérgio Souza (PMDB-PR) usou os índices de corrupção e a ineficiência da justiça na tentativa de justificar a relevância da sua proposta.”
SE professores faltam em demasia, se há falta de lisura na aplicação e execução de testes (a começar pelo próprio MEC), se nivela-se por baixo o desempenho escolar, com redução de provas e aumento de “trabalhos” escolares que resultam em cópias generalizadas, se a indisciplina e agressões físicas campeiam como metástase, se a doutrinação esdrúxula vira mote e mantra, como diabos uma lei que obriga o ensino de ética vai levar a ética aos alunos quando o que mais falta é o exemplo?
Acho q em um país tão carente de exemplos éticos, há que se começar por algum lugar. Apesar de a mídia prefere divulgar notícias q nos fazem pensar o contrário, há gtambém muitos brasileiros q fazem a diferença em vários setores. Mas, obviamente, há necessidade de uma reforma educacional, com valorização e amplos investimentos no corpo docente.