O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) da Fundação Getúlio Vargas apresentou recuo pela segunda vez consecutiva em 2012. Em comparação com o mês de maio, junho apresentou queda de 2,8 por cento no índice, que passou de 127,1 pontos para 123,5.
Um dos fatores da avaliação que contribuiu para a queda foi o decréscimo da proporção dos que avaliam a situação da economia como “boa”: de 31,5 por cento para 27,7 por cento. O número de consumidores que a julgam “ruim” aumentou de 14,8 por cento para 17,7 por cento.
A queda dos números representa a redução do otimismo dos consumidores.
Queda na criação de empregos formais
Segundo o jornal “Diário Comércio Indústria & Serviços”, a criação de empregos formais registrou, em maio, o pior resultado desde 2009. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), revelou que 139.679 vagas com carteira assinada foram criadas no Brasil em maio, número 44,5% menor se comparado ao mesmo mês no ano passado (252.067).
No acumulado do ano, o país criou 877.909 empregos formais, 21% a menos que nos cinco primeiros meses de 2011, quando 1,11 milhões vagas foram abertas em todo o país.
O economista Alexandre Schwartsman acredita que o que está por trás da desaceleração no Caged não é a redução na demanda por emprego e sim uma proximidade com o limite da oferta de trabalho no país: “Não conseguimos mais criar tantos postos de trabalho essencialmente porque a criação de um começa a depender do detrimento de outro”, afirmou. Schwartsman argumentou falando sobre o salário dos brasileiros: “Se a queda fosse um problema relacionado à demanda de trabalho a gente estaria vendo o salário caindo e não é isso que está acontecendo. Em particular, o salário de admissão vem crescendo mais rápido que o salário de demissão, o que sugere uma força do mercado de trabalho. Este dado é um reflexo da oferta do mercado de trabalho”, disse.
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