O Brasil vem vivendo há alguns anos uma crise econômica, que afeta a geração de empregos, recursos humanos e investimentos. Mas, em 2021, vislumbramos um processo de recuperação econômica, com grandes expectativas em relação às principais reformas em tramitação no Congresso Nacional.
A crise sanitária está repercutindo diretamente na economia, causando estimativas incertas sobre a retomada de serviço e consumo, visto que não existem ainda prognósticos assertivos em relação a pandemia, nem mesmo a nível mundial. E, neste momento, no Brasil, há ainda uma crise política entre as instituições democráticas causada por agressões mútuas e desconstrução de diálogo positivo. Nossa missão é debater como melhorar a segurança jurídica e incentivar a economia de mercado.
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O Brasil precisa de pragmatismo político
Para conseguir mediar a crise de saúde e a situação econômica e política, o Brasil precisa olhar o todo e tratar a situação de forma multidisciplinar. Buscar alinhamento entre o conhecimento científico e a ciência econômica, é uma maneira de enxergar caminhos claros e objetivos e soluções óbvias.
A reunião dos governadores, por exemplo, foi uma iniciativa positiva para alinhar as dúvidas e soluções estaduais para todos saírem da crise com dignidade, sem apelo para briga e violência.
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Afinal, todo negócio é pautado no planejamento estratégico e plano de negócios, que levam em consideração as estimativas de custos, previsão de receitas, leis trabalhistas, segurança jurídica de contrato, entre outros fatores.
Esse planejamento também é pautado na legislação de onde se está fazendo o investimento. Em um ambiente no qual as instituições democráticas não conversam ou estão instáveis, cria-se a impressão de que as regras e leis vigentes podem sofrer alterações a qualquer momento, e com isso cria-se risco e empresários, empreendedores e empresas param de investir, planejar e crescer. E a economia sem investimento não absorve jovens e desempregados.
Imagine que nós temos uma nova tecnologia para o setor de carros, na qual precisaremos investir um “montante xyz” para implementar essa inovação, fazer um aporte para insumos, custo de equipamento e pessoal e saber quanto o consumidor estará disposto a pagar ou terá condições de bancar. Tudo isso é quantificável. Porém, o risco de atuar em um ambiente com um cenário político onde “as regras do jogo” mudam a qualquer momento, por exemplo, existe uma lei que determina uma carga tributária “x” e de repente essa carga tributária dobra, fica muito complicado conseguir seguir um plano e de manter investimento.
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Até o mercado financeiro é impactado com as movimentações políticas e econômicas do Brasil e do mundo. Os fatores macroeconômicos são afetados pelos cenários de instabilidade. Alguns exemplos são:
– Produto Interno Bruto (PIB);
– Desemprego;
– Inflação;
– Taxa de juros.
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O desenvolvimento econômico depende das instituições que, por sua vez, são também uma medida do desenvolvimento econômico. Quando queremos mudança no poder político precisamos participar do processo eleitoral, porque é com o voto que transformações acontecem. Não precisamos de ações violentas e sem resultados práticos para o seu bolso.
Foto de reprodução.