O sistema de justiça criminal é tema deste quarto episódio da série exclusiva sobre segurança pública. Tânia Pinc, doutora em Ciência Política e pesquisadora associada ao Núcleo de Pesquisas de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo (UPPs/USP), lembra que a punição é uma das maneiras de persuadir alguém a cometer determinado crime, portanto, quando há uma falha das agências responsáveis, existe também uma promoção ao estímulo dessas práticas criminosas. Assista!
Segundo a especialista, grande parte dos crimes que são investigados pela Polícia Civil e encaminhados aos demais setores para dar andamento ao fluxo na justiça são atos de roubo, furto e tráfico de drogas, resultantes de prisões em flagrante feitas pela Polícia Militar. No entanto, apenas cerca de 3% a 5% desses casos são de fato levados a julgamento e condenação, de acordo com dados da pesquisadora.
“É comum ouvirmos que a polícia prende e a justiça solta. Isso, na verdade, acontece com muita frequência, pois os crimes que conseguem percorrer todo o fluxo de justiça criminal hoje somam um percentual muito pequeno. O Brasil é o país da impunidade. Investe-se muito nesse sistema para termos tal resultado. Existe pouca transparência na avaliação e impacto que as decisões desses atores causam na questão do crime”, alerta Tânia.
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Assista ao terceiro episódio