Segundo estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), de tudo que o brasileiro ganhou em 2010, 35,13% foram para alimentar o Leão do Imposto de Renda. Em 2011, esse percentual certamente deve ter subido, pois somente a arrecadação federal cresceu 17,77%.
Se o imposto de Renda é o Leão, o contribuinte é mais ou menos a “galinha dos ovos de ouro” das histórias infantis. O brasileiro mantém um Estado caro e “gastador”, e o problema ainda maior, ou tão grande quanto, é o retorno para o cidadão comum. Com qual serviço básico que o Estado deveria prover – tendo em vista o montante que recebe para administrar – educação, saúde, segurança, o brasileiro está satisfeito? Sentir retorno mesmo, só da “mordida” do Leão.
Os países da Escandinávia são exemplo de eficiência neste ponto: cobram muito, mas dão muito retorno.
O site do IBPT informa que para evitar levar a pior na encarada com o Leão, é preciso se preparar muito bem. A cobrança inicia-se em 1º de março. Um dos primeiros passos é juntar os informes de rendimentos. Para isto, reúna contracheques, recibos de outras fontes de renda (aluguéis e pensão alimentícia, por exemplo), extratos de pagamentos do INSS, previdência privada e seguros. As empresas costumam apresentar um consolidado destas informações até o final de fevereiro. Cobre se elas não chegarem até você dentro do prazo.
Também junte os documentos relacionados às deduções. Isto ajuda a aumentar a restituição ou a reduzir o imposto a pagar. Fique atento a gastos com saúde (médicos, dentistas e planos de saúde). Eles podem ser deduzidos na íntegra. Gastos com educação (escola e universidade) podem ser deduzidos parcialmente. No caso das contribuições à previdência privada só valem as feitas aos planos do tipo PGBL até o limite de 12% da renda. E não se esqueça também das contribuições feitas ao INSS.
Fonte: IBPT
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