Com a internet e, principalmente, a popularização das redes sociais, a forma de produzir e consumir conteúdos mudou radicalmente. Se há 20 anos o jornal de domingo era uma atração para toda família, com seus cadernos e reportagens especiais, hoje a todo momento somos bombardeados com milhares de informações sobre os mais variados assuntos.
Houve quem acreditasse que com essa democratização das informações, o jornalismo tradicional fosse até desaparecer, mas não foi o caso. A mídia tradicional não só conseguiu se adaptar aos novos formatos de fazer notícia, como continua sendo referência de credibilidade, como explicou o jornalista e colunista do “O Globo”, Merval Pereira.
“O jornalismo profissional está se adaptando a essa nova realidade, tanto que os blogs mais acessados são os da imprensa profissional. Mesmo que outros tenham muita audiência, mas quando existe algum caso específico muito importante, cresce a audiência de veículos profissionais”, disse.
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Fake News
Uma das principais preocupações da era digital são as fake news e seus efeitos nocivos para a sociedade. Um exemplo recente é o que estamos vivendo durante esse período de pandemia, em que a desinformação e as notícias falsas colocam a saúde e a vida de muitas pessoas em risco.
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E como combater esse fenômeno? Para Merval, o histórico de apuração do jornalismo tradicional e a agilidade com que isso tem sido feito, é até agora a melhor resposta. “Está mais rápido desmentir essas fake news agora. A existência de agências que confirmam ou desmentem essas informações já criou o hábito no leitor e ouvinte de confirmar se aquilo é fake ou não. O jornalismo já achou um antídoto para essa questão”, destacou.
Interesse
Se a adaptação do jornalismo tradicional foi um desafio superado com sucesso, a manutenção do interesse e relevância é uma busca constante. Não se trata mais apenas de concorrência entre veículos, mas aproximadamente 3,4 bilhões de usuários em toda rede produzindo seus próprios “furos de reportagem”.
No Brasil, um dos casos mais emblemáticos do momento é a relação do Presidente da República com as mídias tradicionais. Se quisermos saber sobre os próximos passos do governo é mais rápido acompanharmos o Twitter do que um jornal.
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Quem está certo? Provavelmente o Presidente vai dizer que é ele, já que é livre para utilizar o canal que achar mais conveniente. Por sua vez, a mídia acha que é ela, pois é por seus meios a melhor forma de conseguir credibilidade.
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A verdade é que esse veredito não cabe a ninguém. Como cidadãos, nós devemos seguir pelo caminho da razão e não nos deixar levar pelas paixões dos extremos. Se informe pelos meios tradicionais, pelos blogs, pelas redes sociais e por todos os canais possíveis. Inclusive o Instituto Millenium é referência nas ideias modernas, redes sociais e combate às fake news.
Se a informação parece suspeita, confira. Quanto mais informações de lugares diferentes você procurar, maiores as chances de desenvolver o pensamento crítico e livre.