Muitos já ensinaram que a liberdade de expressão e sua manifestação mais vigorosa – a liberdade de imprensa – constituem pilares do Estado democrático de direito. O controle das informações veiculadas, contudo, sempre se mostrou uma das formas pelas quais o poder político se mantém, o que frequentemente leva governos com viés autoritário a cercear o acesso à informação e a controlar, por diversos meios, a divulgação das notícias que lhe são desfavoráveis.
O Brasil encontra-se em um momento crítico da liberdade de expressão. Apesar da clareza do texto constitucional, que veda qualquer forma de censura, volta e meia ouve-se alguma proposta para “regular” a mídia, sem esquecer que o Poder Executivo Federal criou uma milionária TV pública, que até hoje patina na audiência, e ainda patrocina diversos blogs e sites destinados a ecoar as “verdades estatais” e a satanizar a imprensa convencional.
O Poder Judiciário, por sua vez, é constantemente acionado para reprimir desde biografias de figuras históricas até humoristas eventualmente sem graça. Algumas iniciativas inacreditáveis partem do Ministério Público, instituição constitucionalmente incumbida da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis. A cultura da plena liberdade de expressão – tão consolidada nos EUA e em outras democracias avançadas – permanece muito mal compreendida e exercitada entre nós.
A questão é que a defesa da liberdade de imprensa não pressupõe a defesa dos interesses de jornalistas, editores ou donos de jornais. Em verdade, pressupõe, antes de mais nada, a defesa da independência intelectual de cada cidadão. A liberdade, enfim, não é da imprensa, mas sim da expressão jornalística, que sempre flui como um canal de expressão da própria sociedade. Neste sentido, o historiador Marco Antonio Villa recentemente observou que a imprensa é a grande ouvidora do brasileiro, uma vez que o Estado não tem ouvidos e somente reage após a publicação e o debate dos assuntos pela imprensa.
A visão estreita que prega a censura quanto a determinados assuntos e a perseguição a jornalistas não alinhados embute uma visão totalitária que julga o cidadão incapaz de formar suas próprias conclusões e por isso pretende impor uma ofensiva tutela estatal.
Nada mais tolo e ultrapassado. A sociedade deve ser livre para formar sua convicção e, para isso, antes de mais nada é preciso afastar o peleguismo de uma parte da imprensa brasileira, verdadeira praga que menospreza a liberdade de cada cidadão e que merece ser incessantemente combatida.
Certíssimo pois mais de metade da imprensa brasileira é pelega. As redações estão cheias de jornalistas e editores pelegos, que não se assumem como tal. E muitos donos de veículos de comunicação também são notórios pelegos, que adulam diuturnamente o poder constituído em busca dos privilégios decorrentes da proximidade com o poder.
Murdoch e Civita derrubam a teses de Pacca e Villa.
Só que a Inglaterra é um país desenvolvido e com estruturas democráticas mais sólidas. Lá, pilantra é chamado as falas.
Aí, Pacca, bonito texto. Agora prega isso tudo pro Murdoch e pro Civita… kkkk
Aliás, não custa lembrar que ditaduras como Inglaterra, França, EUA e outras tem órgãos que regulam a imprensa e/ou a concentração dos meios de comunicação nas mãos de um único grupo empresarial.
Uma grande confusão é criada , justifica-se no combate da tal “ DITADURA “ ,mas trazem uma “ Ditadura “ pior ainda , porque dão a liberdade aos veículos de Comunicação de má fé ,a usarem meios ilícitos para desmoralizar o seu nome, sua honra ,e destruir sua vida familiar, profissional e cerceam seu direito de resposta; que antigamente eram mantidos pela lei. Você ainda vai continuar a acreditar nessa Liberdade de pensamento e expressão? – é apenas uma maneira de fugir das penalidades aplicáveis pela Lei