Apenas 1,6% dos brasileiros pode dizer que vive em uma cidade onde assassinatos não são uma preocupação. São 3,1 milhões de pessoas estabelecidas em municípios que não registraram nenhuma morte do tipo entre 2008 e 2012, de acordo com o Mapa da Violência 2014.
O levantamento só vai até 2012 porque é o último ano com dados disponíveis do Ministério da Saúde para todos os munícipios do país.
Das mais de 5,5 mil cidades brasileiras, exatas 684 conseguiram passar o período incólumes a um dos crimes que mais preocupa a sociedade.
O fato, portanto, é que apenas uma em cada 8 cidades mantém um cotidiano em que assassinatos não são uma realidade.
Destas, 92% possuem menos de 10 mil habitantes.
Uma leitura desatenta da situação poderia sugerir que, dado o tamanho delas, não seja nada impressionante passar meia década sem homicídios.
No contexto brasileiro, porém – em que 56 mil pessoas perderam a vida de forma brutal e intencional em 2012 – esta visão é falha.
Veja o caso de Melgaço, no Pará, por exemplo. Com 25 mil moradores, é a cidade menos desenvolvida do país, segundo o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), da ONU. É a que tem mais moradores dentre os locais livres de homicídios neste período.
O Brasil tem 4.279 cidades menores que Melgaço. E, mesmo assim, apenas 683 delas vivem a mesma situação em termos criminais que a paraense.
Vale dizer que as cidades a seguir estão em variados graus de desenvolvimento, corroborando a tese de especialistas de que muitos outros fatores – além da desigualdade e/ou pobreza– determinam os níveis de violência (ou de paz) de cidades e países.
A lista está organizada por ordem alfabética dos estados. Mas se estiver procurando por Acre, Alagoas, Espírito Santo, Rio de Janeiro ou Roraima, desista: estas unidades da federação não têm nenhum município no levantamento.
Fonte: Exame.
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