O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta noite que, a partir do segundo semestre, sejam discutidas novas propostas de reformas administrativa e tributária. Para o deputado, os três Poderes terão de se unir para pensar os debates em torno das propostas que eram as prioridades do governo no início do ano e que os atuais servidores deverão ser incluídos na reforma.
– A reforma administrativa está pensada com uma dívida de 75% na relação dívida/PIB de 75%. Ela vai para 90% ou 95%, e a reforma que o governo vai mandar para a Câmara vai precisar ser outra reforma. Eu acho que, inclusive, atingindo os atuais servidores públicos dos três Poderes – afirmou.
Em entrevista à “CNN”, Maia disse que os debates serão necessários para que a dívida pública em crescimento no país seja paga “com menos dor pela sociedade” e que é necessário união do Executivo, Legislativo e Judiciário para que isso seja construído em conjunto.
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– Esses debates vão acontecer e o tamanho desse endividamento, é claro que precisa ser pago. Mas para que essa dívida seja paga com menos dor pela sociedade, vai ser importante que a gente construa, em conjunto, unidos os três Poderes, os melhores caminhos para a recuperação econômica já a partir do ano que vem – disse o presidente da Câmara.
Maia defendeu que é importante entender que os gastos durante a pandemia do novo coronavírus levarão ao crescimento da dívida pública a cerca de 90% ou 95% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, o que gerará consequências. A discussão, afirmou o presidente da Câmara, deve começar a partir de agosto.
– Compreender que essa dívida que vai ser criada, que não é pequena, a gente vai ter de logo no segundo semestre, acho que a partir do mês de agosto, começar a dialogar e entender o seguinte: a reforma administrativa estava sendo pensada com endividamento de 75% em relação ao PIB. E agora, vai ser o quê? 90% ou 95%? É outra reforma administrativa. E o papel da reforma tributária? Vamos continuar com a unificação de impostos de bens e consumo? Sim, é importante. Vamos olhar para a questão das distorções que existem hoje nas rendas? Porque a gente sabe que no sistema tributário brasileiro, os mais simples, de forma proporcional, pagam mais impostos do que a elite da sociedade brasileira – afirmou.
Fonte: “O Globo”