Em tom conciliador, o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ) disse nesta quinta-feira que o momento é de diálogo e união de esforços com o governo. Ao lado do ministro da Economia, Paulo Guedes, o deputado afirmou que sempre confiou no chefe da equipe econômica e sinalizou apoio às pautas consideradas prioritárias para o governo.
— Acho que está na hora de a gente voltar a ter reuniões periódicas, permanentes. Sempre tive uma enorme confiança no ministro Paulo Guedes. Na minha última eleição para Presidência da Câmara, o ministro Paulo Guedes foi decisivo e eu vim aqui dizer a ele isso, do meu compromisso de pauta da modernização do Estado brasileiro, de melhoria do ambiente de negócio do setor privado — disse.
O presidente da Câmara e o ministro da Economia andavam afastados nos últimos meses. Eles não se falavam desde o impasse criado na tramitação do socorro financeiro aos estado e municípios, em maio. A proposta só foi encaminhada após costura do governo com o Senado.
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Agora, eles ensaiam uma aproximação em busca de entendimento sobre a pauta econômica. Maia foi ao Ministério da Economia nesta quinta-feira, junto com o ministro das Comunicações, Fábio Faria.
Maia afirmou ser necessário “tirar da frente” qualquer ruído sobre a relação com o governo federal. Segundo ele, os projetos do governo começarão a ser votados em agosto.
— Nós sabemos que o governo tem demandas importantes que já estão na Câmara e que vão à voto a partir de agosto, a lei do gás, de recuperação judicial, a lei cambial, que o Banco Central já vem há muito tempo — afirmou.
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Maia ressaltou a importância de se melhorar a qualidade do gasto público brasileiro e de se criar um melhor ambiente para investimentos do capital privado no País. Segundo ele, o encontro foi uma visita de cortesia.
— Vim aqui hoje dizer que estou à disposição para continuar dialogando e tirar da frente qualquer tipo de ruído nas nas relações do governo com parte do Parlamento – disse à imprensa logo após o encontro — acrescentou.
A reunião também serviu para discutir a reforma tributária, enviada por Guedes ao Congresso na terça-feira.
Questionado, Maia evitou responder sobre medidas de desoneração da folha de pagamento e a consequente recriação de um imposto nos moldes da CPMF para bancá-la.
— A reunião de hoje foi para demonstrar união de esforços, não divisão. Tudo aquilo que nos divide vai ficar para frente — disse.
Fonte: “O Globo”