Somente 30% são favoráveis a um novo mandato; rejeição à obrigatoriedade do voto bate recorde
Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira pelo jornal “Folha de S.Paulo” mostra o apoio da população à reeleição e a rejeição à obrigatoriedade do voto.
O apoio da maioria à reeleição mudou. Na primeira pesquisa sobre o assunto, em 2005, 65% foram a favor do direito do presidente de disputar um novo mandato. Era véspera do ano eleitoral que teria o então presidente Lula concorrendo mais uma vez.
Em 2007, com Lula reeleito, o apoio à releição diminuiu sete pontos, mas ainda era uma opinião da maioria. Agora, com a presidente Dilma Rousseff recém-eleita, só 30% são a favor da reeleição. Os que são contra passaram de 39% para 67% desde a última pesquisa. As opiniões sobre reeleição para governadores e prefeitos são quase idênticas.
Na Câmara, a extinção da reeleição foi aprovada por 452 votos a favor e 19 contra. Para entrar em vigor, a regra precisa passar por nova votação na Casa e, depois, ser aprovada pelo Senado.
A rejeição à obrigatoriedade do voto bateu o recorde da série de pesquisas sobre o tema, que passou de 54% para 66% desde outubro de 2014. A proposta do voto obrigatório foi derrotada na Câmara por 311 votos a 134.
O Datafolha também quis saber se os eleitores votariam se não fosse obrigatório. De casa dez, seis responderam que não. Os mais pobres e os menos escolarizados são os que mais deixariam de votar.
Entre os que têm renda familiar mensal acima de dez salários mínimos, 62% votariam mesmo se fosse opcional. Já entre os que ganham menos de dois salários, só 35% votariam. Na segmentação por escolaridade também há diferenciação. Entre os que têm ensino superior, 56% votariam. No grupo dos que têm até o fundamental, 34%.
Na pesquisa também abordou a alteração do tempo de mandato dos políticos. A maioria, 53%, é a favor dos cinco anos para todos os cargos eletivos, como aprovado pela Câmara.
O Datafolha entrevistou 2.840 pessoas nos dias 17 e 18 de junho. A margem de erro da pesquisa é de dois pontos para mais ou para menos.
Fonte: O Globo
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