De 2002 a 2012, o Brasil viu sua taxa de empregos quase dobrar, disparando de 17,1 milhões para 31,3 milhões. A notícia foi especialmente positiva para as brasileiras, que ampliaram sua inserção no mercado formal de trabalho de 30,9% para 35,5%, segundo o Anuário das Mulheres Empreendedoras e Trabalhadoras em Micro e Pequenas Empresas, elaborado pelo Sebrae e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos).
É nos pequenos negócios que elas encontram mais oportunidades: 56,1% (ou 6,2 milhões) das mulheres empregadas atuavam em pequenas e microempresas em 2012. Isso significa que elas representavam, há três anos, 38,6% da mão de obra desses estabelecimentos.
Quase metade dos postos de trabalho (47,5%) se concentrava em pequenas e microempresas de comércio. As do setor de serviços empregavam 31,2% das mulheres, as da indústria, 19%, e as da construção civil, 1,61%. Em números absolutos, os empregos femininos nos estabelecimentos de pequeno porte dedicados à construção são poucos, mas cresceram 244%: em 2002, eram 44,2 mil; em 2012, 107,8 mil.
Apesar de, no geral, a renda das mulheres ser inferior à dos homens, ela vem subindo nos pequenos negócios: “Em dez anos, a remuneração média delas avançou 36%, três pontos percentuais acima dos valores oferecidos aos homens”, afirma Luiz Barretto, presidente do Sebrae. A diferença salarial entre os gêneros é menor nas pequenas e microempresas. Nestas, as funcionárias recebem 81% do que é pago aos funcionários; já nas corporações de médio e grande porte, elas ficam com apenas 69,2% dos rendimentos deles.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios.
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