Jovem paquistanesa concorria ao Prêmio Sakharov 2013 com Edward Snowden. Em 2012, ela foi baleada por extremistas muçulmanos por defender a universalização da educação
Malala Yousafzai, a menina paquistanesa baleada por extremistas muçulmanos por defender o direito universal à educação, ganhou nesta quinta-feira, 10 de outubro, o Prêmio Sakharov 2013 de Liberdade de Expressão, concedido pelo Parlamento Europeu. A escolha de Malala, que disputava o prêmio com o ex-prestador de serviços da CIA Edward Snowden, foi unânime entre os jurados da Eurocâmara.
Criado em 1988 pelo Parlamento Europeu, o Prêmio Sakharov prestigia pessoas ou organizações que dedicam suas vidas à defesa dos direitos humanos e das liberdades.
Para o presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz, Malala “demonstrou ter mais coragem do que muitos adultos”. “Malala tem coragem de levantar a voz pelos direitos das meninas e, além disso, encoraja as pessoas a seguirem seu exemplo, apesar de viver em mundo dominado pelos homens”, disse.
A adolescente de 16 anos sobreviveu a um atentado praticado por talibãs em outubro de 2012, quando a atacaram por ela defender a educação feminina em seu país. Atualmente, Malala vive na cidade inglesa de Birmingham. Malala, nascida em 1997, em Mingora, é a mais jovem vencedora da história do tradicional prêmio europeu.
A cerimônia de premiação será realizada em novembro deste ano em Estrasburgo, na França, na sede do Parlamento Europeu. Além do Sakharov 2013, Malala deve ser agraciada ainda este ao com outro prêmio: o Nobel da Paz. A jovem tem sido a candidata favorita à premiação. O anúncio será divulgado nesta sexta-feira, 11 de outubro.
Fonte: Época
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