Pela primeira vez com a presença de figuras políticas nacionais de oposição, as passeatas contra a corrupção e pelo afastamento da presidente ganharam novo ímpeto e volume. O governo, com a movimentação da semana anterior, havia tentado empinar uma Agenda Brasil de última hora, focada em demandas econômicas (porém, quase nenhuma com vistas a uma efetiva contenção dos gastos públicos) tendo angariado um certo espaço político pelos recentes apoios de diversas federações e confederações empresariais. O suposto “acordo” ocorrido entre meios de comunicação, empresários e forças políticas ligadas a Renan Calheiros no Senado é no sentido de recompor governabilidade.
O volume auditivo das manifestações no domingo deu um sentido de “empate” ao jogo que se trava entre protestantes e a situação. O resultado disso será por certo o travamento da pauta econômica. Dificilmente algo relevante será votado. A crise política se agravou com a intensidade das passeatas e repercutirá de modo intenso na já difícil situação de recessão dos mercados. O País ruma para mais desvalorização do cambio como consequência inevitável. E repercussão inflacionária dessa mesma desvalorização cambial.
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