Quando se compara o processo burocrático de abertura de uma empresa no Brasil com outros países nota-se como ainda há muito a ser feito por aqui. Precisamos, urgentemente, criar um registro nacional que permita a criação de um negócio em até cinco dias. É uma pauta a ser apresentada para candidatos a vereador e a prefeito.
O Ministério da Fazenda e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) têm um sistema unificado, que serve a população de forma eficaz, reduzindo o tempo gasto e os custos. Por que a abertura de uma empresa não pode ser igual?
Ainda há outro obstáculo importante quando o tema é empreender. Além da burocracia excessiva, o Brasil sofre com a falta de educação profissional e, consequentemente, de profissionalismo.
O número de empreendedores aumentou consideravelmente nos últimos anos. O lema do empreendedorismo – conhecimento, habilidade e atitude – perdura como condição importante para qualquer profissional, em qualquer área, mas, a verdade, é que muitas pessoas seguem achando que abrir empresa é, simplesmente, assinar papéis, lançar um produto ou serviço e ganhar dinheiro.
Sem relacionamento profissional com empresas, e sem parceria com a sociedade civil e a academia, não é possível ter inovação e produção de riqueza.
No Brasil falta também a chamada inteligência emocional, conforme o livro homônimo de Daniel Goleman. Vital para um empreendimento dar certo é a postura profissional que a pessoa assume em termos de relacionamento interpessoal, liderança, ética e educação. Relaciona-se com querer se desenvolver continuamente e contribuir com o crescimento das pessoas a seu redor.
A falta de profissionalismo poderá aumentar ainda mais se os profissionais competentes de hoje não adotarem um comportamento que busque a formação das pessoas, pautadas em uma conduta profissional ética e no bom relacionamento interpessoal.
One Comment